sábado, 31 de outubro de 2009

Uma pessoa segundo o coração de Deus

Leitura bíblica: Atos 13:16-24; Salmo 89:20

Versículo-chave: “E, tendo tirado a este, levantou-lhes o rei Davi, do qual também, dando testemunho, disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade.” (Atos 13:22)

Meditação: Davi era um homem segundo o coração de Deus. Ficamos a imaginar o que significa essa descrição. Como se poderia chamar um adúltero e assassino, que praticou grande crueldade, de homem segundo o coração de Deus? A Bíblia, sem rodeios, apresenta os pecados de Davi. Mas foi tirando-o desses fracassos que Deus o usou para seus propósitos em Israel. Davi superou suas falhas com êxito porque aprendeu a bondade graciosa de Deus e foi um dos mais agradecidos homens da história.

Davi foi um homem segundo o coração de Deus porque tinha abundância de ação de graças. Os salmos contêm mistura tal de confissão e gratidão que ele foi considerado, até pelo próprio Deus, como um homem segundo o seu coração. Somente o sentido de indignidade pode brotar em profunda ação de graças. A vida de Davi nos desafia, mostrando que o importante não é nossa perfeição, mas nossa dependência agradecida. Podemos identificar-nos com a humanidade falível de Davi e ver o que Deus pode fazer com uma pessoa que confessa seus pecados e agradece a Deus o seu perdão.

Davi, antes de se tornar um homem completamente segundo o coração de Deus, havia sido contra o coração de Deus. A Bíblia pinta a história negra de suas transgressões e pecados. Deus esperou pacientemente que ele se arrependesse. Depois do adultério de Davi com Bate-Seba e do cruel envio do marido desta para morrer na batalha, Deus enviou o profeta Natã para julgar o pecado do rei. O profeta contou uma parábola profunda e penetrante e, a seguir, lançou o desafio: “Tu és o homem”. Davi sabia. Seu arrependimento encontra-se no Salmo 51. E Deus aceitou a sua palavra. A infinita misericórdia de Deus levantou-o e usou-o nos propósitos que ainda tinha para Israel.

Pensamento do dia: Somos chamados para ser pessoas segundo o coração de Deus.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 31 de outubro)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Dispostos a receber maravilhas

Leitura bíblica: Josué 3:1-7

Versículo-chave: “Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós.” (Josué 3:5)

Meditação: Existe um relacionamento inseparável entra a consagração de hoje e as maravilhas de amanhã. O povo de Israel estava nas margens do rio Jordão, prestes a entrar em Canaã, a terra prometida. O Senhor estava pronto para realizar maravilhas, mas precisava da consagração total do povo a seus planos e propósitos. Consagrar é dedicar tudo o que conhecemos a nosso respeito e todos os nossos recursos ao que conhecemos de Deus e de seu plano e propósito. Não há limites ao que ele pode fazer com um povo que lhe deu o controle da sua vida toda.

Josué elevou-se à posição impressionante de sucessor de Moisés porque o Senhor possuía tudo o que Josué tinha. O Senhor era a sua paixão e o seu propósito. Josué entregara por completo a sua vontade ao Senhor. Ele aprendera muito bem as lições com Moisés. O guia do êxodo lhe havia transmitido o segredo do poder: obediência absoluta.

Que maravilha você anseia que o Senhor lhe faça amanhã? Hoje ele nos concede o desejo de estarmos desejosos. Quando abrirmos mão de nosso tenaz controle do futuro, o Senhor pode intervir e obrar maravilhas além de nossa compreensão.

Nosso único caminho é a entrega. Recebemos o livre-arbítrio a fim de ter a capacidade de escolher amar ao Senhor e permitir que ele nos ame. Nossa vontade, porém, transforma-se numa cidadela, num baluarte do controle próprio imperioso. É possível crer no Senhor e ainda controlar os nossos amanhãs.

Pensamento do dia: Os milagres de amanhã começam na consagração de hoje.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 15 de outubro)

sábado, 17 de outubro de 2009

As coisas tornam-se no que parecem

Leitura bíblica: Números 13:25-33

Versículo-chave: “Então Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos, e possuamos a terra, porque certamente prevaleceremos contra ela.” (Números 13:30)

Meditação: O relatório da maioria foi de medo; o da minoria, de coragem. O relatório da maioria dos homens enviados para espiar a terra de Canaã foi assustador. Note como esses repórteres negativos viam-se como gafanhotos em comparação aos cananeus e, na realidade, tornaram-se isso mesmo à sua própria vista. As coisas realmente transformam-se no que imaginamos. Acima de tudo, temos a tendência de imaginar o pior que possa acontecer e dedicar nossas energias a alcançá-lo. Esse povo apavorado transferiu a própria imagem aos seus inimigos. Haviam-se esquecido de que pertenciam a um Deus poderoso que lhes havia destinado a entrar e possuir a terra. Multiplicaram sua falta de confiança por zero, e o resultado foi pânico.

Ouçamos, agora, a coragem de Calebe. Ele viu os mesmos guerreiros gigantes, mas sabia que o Senhor estava com o seu povo. Louvado seja o Senhor por gente como Calebe! Têm a capacidade de multiplicar os limitados recursos humanos pelo poder ilimitado de Deus, e transformá-lo em visão e esperança.

Enfrentamos desafios na vida e, nessas épocas, em particular, devemos encarar o relatório da maioria ou o da minoria. Há mais pessoas medrosas e negativas do que o suficiente ao nosso redor. Precisamos de um Calebe para nos dar a segurança de que com o Senhor podemos avançar. Agora, a pergunta crucial: você se parece mais com Calebe ou com os homens que se transformaram em gafanhotos à sua própria imagem? Qual seria a resposta da sua família, igreja, e das pessoas com quem você trabalha?

Pensamento do dia: Transformar-me-ei na imagem que tiver de mim mesmo e da vida, e, portanto, imaginarei o que posso ser quando estou cheio com o poder do Senhor.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 14 de outubro)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Face a face

Versículo-chave: “E todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”
(2 Coríntios 3:18)


Meditação: Paulo ressalta a espantosa diferença entre a experiência que Moisés teve da glória de Deus e a que nós temos. Podemos retirar o véu e olhar na face do Senhor através de Jesus Cristo. Deus graciosamente revelou sua presença, sua glória, para que a contemplemos em Cristo. E o resultado é que podemos ser transformados à imagem de Cristo de glória em glória. A vida cristã é uma transformação à semelhança de Cristo.

É disso que todos nós precisamos, não é verdade? Todos nós ansiamos ser mais semelhantes a Cristo no caráter, na atitude, na ação e reação. A personalidade humana pode mudar. Dia a dia, ao fazer a oração de Moisés: “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Êxodo 33:18), podemos conhecer a certeza de Paulo de que “a glória do Senhor, no rosto de Jesus Cristo”, pode ter brilho duradouro em nossos rostos. Não precisamos usar um véu para ocultar um esplendor que diminui.

E o processo da glorificação em Cristo jamais termina. Não somos as pessoas que fomos e não somos ainda as que seremos. O Senhor está operando grande obra em nós. Nosso único dever é dar-lhe controle total, obediência absoluta e atenção completa. Quanto mais nos concentrarmos em Cristo, tanto mais, mediante sua graça, somos remodelados à sua imagem.

Você realmente deseja essa transformação? Diga-o ao Senhor. Ele está mais pronto a responder a essa oração do que nós em fazê-la. Mas quando a fazemos, notaremos diferença nos nossos relacionamentos e na maneira de solucionarmos as pressões de nossas responsabilidades. O amor e o perdão de Cristo, sua paz e poder, esperança e coragem, serão inegáveis.

Pensamento do dia: Estou sendo transformado à imagem de Cristo de glória em glória.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, meditação de 13 de outubro)

domingo, 11 de outubro de 2009

Firme sua fé na expiação

“Oferecei... os vossos membros como instrumentos de justiça”
(Romanos 6:13-22)

Não posso me salvar nem me santificar a mim mesmo; não posso expiar o pecado; não posso redimir o mundo; não posso corrigir o que está errado, nem purificar o que é impuro, nem santificar o que é profano. Tudo isso é obra soberana de Deus. Tenho fé no que Jesus Cristo fez? Ele fez uma expiação perfeita; será que tenho o hábito de reconhecer isso constantemente? Nossa grande necessidade não é fazer, mas sim, crer. A redenção de Cristo não é uma experiência, é a grande obra de Deus realizada por intermédio de Cristo, e eu tenho que edificar minha fé sobre ela. Se eu edificar a fé sobre minha experiência pessoal, o resultado é o tipo de vida mais anti-bíblico possível – uma vida isolada e os olhos fixos na minha própria pureza. Cuidado com uma espiritualidade que não esteja baseada na expiação do Senhor – ela não serve para nada, a não ser para uma vida enclausurada; é inútil para Deus e um estorvo para os outros. Todas as nossas experiências devem ser avaliadas pelo padrão do Senhor Jesus. Não podemos fazer nada que agrade a Deus, a menos que edifiquemos conscientemente sobre o fato da expiação.

A expiação de Jesus tem que ser desenvolvida em minha vida por meios práticos e discretos. Todas as vezes que obedeço, todo o poder de Deus está do meu lado, e assim a graça de Deus e a minha obediência se conjugam. Quando obedeço estou investindo tudo na expiação; e imediatamente a alegria da graça sobrenatural de Deus vem ao encontro da minha obediência.

Tenhamos cuidado com a espiritualidade que nega a vida natural – ela é uma fraude. Coloque-se continuamente ante o tribunal da expiação, e pergunte: “Onde fica o discernimento da expiação nisso e naquilo?”


(Oswald Chambers, “Tudo para Ele”, Ed. Betânia, meditação de 09 de outubro)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Os braços eternos

“E Moisés subiu o monte para se encontrar com Deus. E do monte o SENHOR Deus o chamou e lhe disse:
- Diga aos descendentes de Jacó, os israelitas, o seguinte: Vocês viram com os seus próprios olhos o que eu, o SENHOR, fiz com os egípcios e como trouxe vocês para perto de mim como se fosse sobre as asas de uma águia.”
(Êxodo 19:3-4)


“Como a águia ensina os filhotes a voar e com as asas estendidas os pega quando estão caindo, assim o SENHOR Deus cuida do seu povo. Ele os guiou sozinho, sem a ajuda de outro deus.”
(Deuteronômio 32:11-12)


Meditação: Ficamos a imaginar se o Senhor chamou a atenção de Moisés para o vôo da águia, enquanto ele subia o monte Sinai. A águia, como metáfora da providência divina, jamais deixou a mente de Moisés. Ele a conservou durante toda a sua vida. Deus havia, deveras, levado o povo de Israel sobre asas de águias.

No final da vida, Moisés repassou a maneira pela qual Deus havia cuidado do seu povo. Ele havia sido como a águia que treina seus filhotes para voar. É isso que Moisés tentava dizer ao povo na passagem bíblica que lemos hoje. O Senhor revolveu o ninho no Egito, tornando-o tão desconfortável que o povo teve de seguir em direção dos planos que ele tinha para eles. Quando chega o tempo de os filhotes voarem, a águia fará tudo o que for necessário para tirá-los do ninho. Então, empurra os filhos para fora do ninho a fim de que exercitem as asas ainda imaturas. Mas, quando o filhote está para cair de muito alto, a águia lança-se ao ar, abre as asas e o apanha.

É assim que o Senhor nos trata. Ele não permite que permaneçamos em um ninho muito confortável. Ele nos força a descobrirmos o nosso potencial. Contudo, ele paira por perto, impedindo que caiamos de muito alto. Moisés teve conhecimento desse fato através dos anos de experiência. O Deus eterno é “tua habitação, e por baixo de ti estende os braços eternos” (Deuteronômio 33:27).

Pensamento do dia: Os braços eternos são para aqueles que ousam voar.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 07 de outubro)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Esperança viva

“Ele nos deu uma nova vida pela ressurreição de Jesus.
Por isso o nosso coração está cheio de uma
esperança viva.”
(1 Pedro 1:3)


A nossa esperança em Cristo não é uma esperança que aparece, toma forma e depois morre. É uma esperança viva! Não é uma brincadeira de mau gosto, não é um trote, não é uma ilusão. É uma esperança viva!

Não é resultado de um golpe publicitário, da propaganda de uma empresa famosa, de um exercício mental ou de uma série de fatores emocionais. Não é um tipo de esperança válida ontem, duvidosa hoje e improvável para o amanhã, mas permanentemente viva, independente das flutuações do mundo e de nossas próprias emoções e vontades.

A esperança cristã não decepciona, não nos deixa na mão, não frustra. Ela é bem alicerçada, tem muito para dar, ilumina o caminho, vence crises, empurra para a frente e renova as forças do que está cansado. Ela é viva porque a sua base é Cristo, aquele que precisou morrer para ressurgir de entre os mortos. E uma vez vivo, continua sendo a nossa esperança.

Enchamos nosso coração desta esperança viva!


(“Devocionais para Todas as Estações”, Ed. Ultimato, meditação de 02 de outubro)

sábado, 3 de outubro de 2009

Para ouvir a voz de Deus...

“E depois do terremoto um fogo... e depois do fogo uma voz mansa e delicada.”

(1 Reis 19:12)

Perguntaram certa vez a uma pessoa que progredia rapidamente em seu conhecimento do Senhor, qual o segredo do crescimento espiritual. Ela respondeu concisamente: “Obedecer aos sinais”. E a razão porque tantos de nós não temos mais conhecimento e compreensão do Senhor é que não damos atenção aos seus delicados sinais, seus delicados toques de frear e refrear. Sua voz é mansa e delicada. Uma voz assim é antes sentida do que ouvida. É uma pressão suave e constante sobre o coração e a mente, uma voz mansa, quieta e quase timidamente expressa no coração – mas que se ficarmos atentos, silenciosamente, vai se tornando cada vez mais clara aos ouvidos do entendimento. Sua voz é dirigida ao ouvido que ama, e o amor está sempre atento ao mais leve sussurro. Há um tempo, também, em que o amor cessa de falar, se não o atendemos ou não cremos nele. Deus é amor, e se você quer conhecê-lo e à sua voz, dê constante atenção a seus delicados toques. Em conversa, quando prestes a dizer uma palavra, dê atenção àquela voz mansa, atenda o sinal e refreie-se de falar. Quando prestes a seguir em uma direção que lhe parece clara e correta, se vier quietamente ao seu espírito uma sugestão que traz em si quase a força de uma convicção, preste-lhe ouvidos, mesmo que do ponto de vista humano a mudança de planos pareça uma grande loucura. Aprenda, também, a esperar em Deus para saber o desenrolar da sua vontade. Deixe que Deus forme os planos a respeito de tudo o que está no seu coração e mente e deixe também que os execute. Não possua nenhuma sabedoria própria. Muitas vezes sua maneira de executar o plano parecerá contrária ao plano que ele próprio deu. Poderá parecer que ele está trabalhando contra si mesmo. Simplesmente ouça e obedeça a Deus, e confie nele, mesmo que isso pareça a maior tolice. Ele fará que no fim todas as coisas cooperem para o bem.
Assim, se você quer conhecer sua voz, não pare para pensar o que poderá acontecer. Obedeça, mesmo quando lhe pedir para avançar no escuro. Ele mesmo será sua gloriosa luz. E em seu coração brotará uma afeição e comunhão com Deus poderosa em si mesma para conservá-lo junto a ele, mesmo nas provas mais severas e sob as maiores pressões.”

(“Mananciais no Deserto”, Lettie Cowman, Ed. Betânia, meditação de 03 de outubro)