quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O perfume do sofrimento

“... assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas...” (Cantares 4:16)


Algumas das especiarias mencionadas neste capítulo são bastante sugestivas. O aloés era uma especiaria amarga, e fala-nos da doçura das coisas amargas, o doce-amargo, que quem já provou, sabe bem quanto agrada ao paladar. A mirra era usada para embalsamar os mortos, e fala-nos de morrermos para alguma coisa. É a doçura que vem ao coração depois que ele morreu para a vontade própria, o orgulho e o pecado. Oh, o encanto inexprimível que paira em torno de alguns crentes, simplesmente porque trazem no semblante açoitado pela disciplina e no espírito dulcificado, as marcas da cruz; a santa evidência de terem morrido para o que uma vez foi orgulho e força, mas que agora está para sempre aos pés do Senhor. É o encanto celeste de um espírito quebrantado e um coração contrito, a música que brota de uma tonalidade menor.

E, ainda, o incenso, com a fragrância que procedia do toque de fogo. Era aquele pó queimado que se erguia em nuvens de doçura do seio das chamas. Fala-nos do coração cuja doçura tem-se desprendido talvez através das chamas da aflição, até que o lugar santo da alma é cheio das nuvens de oração e louvor. Amado leitor, estamos nós derramando as especiarias, os perfumes, os aromas suaves do coração?

(“Mananciais no Deserto”, Lettie Cowman, Ed. Betânia, meditação de 15 de setembro)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Deus usa tudo!

Leitura bíblica: Gênesis 39:21 – 40:23

Versículo-chave: “O Senhor, porém, era com José, e lhe foi benigno, e lhe deu mercê perante o carcereiro” (Gênesis 39:21)

Meditação: José não negaria sua lealdade a Potifar ou sua fidelidade a Deus. Essa lealdade levou-o à prisão sob a acusação de haver feito o que se recusou a fazer. Mas o Senhor era com José. É essa a frase que pontua a vida espantosa desse homem bem-aventurado.

O tempo na prisão também teve o seu propósito nos planos divinos. As qualidades de liderança de José foram reconhecidas então, e ele foi elevado a uma posição de autoridade. Mas havia outra pessoa na cadeia mediante apontamento divino. O copeiro de Faraó havia caído em desfavor e sido lançado na prisão juntamente com José. O copeiro teve um sonho que José interpretou mediante o poder divino. Ao ser posto em liberdade, o copeiro estava mais do que disposto a contar a Faraó acerca do misterioso hebreu que havia conhecido na cadeia.

O monarca egípcio teve um sonho inquietante acerca de sete vacas gordas e sete magras, sete espigas gordas e sete magras. José foi chamado para interpretar o sonho. O sonho predizia sete anos de prosperidade e sete de fome para o Egito e para o território adjacente. José, com a interpretação, ganhou a posição de regente do Egito, inferior somente a Faraó.

Espantoso! Aos 30 anos de idade, o sonho de José se estava realizando. Quem é que haveria de imaginar que a má ação da mulher de Potifar teria um resultado desses?

Esta porção da história de José lembra-nos que Deus pode tecer seus planos a despeito do mal que as pessoas nos causam. As mágoas que nos são infligidas não estão além das operações providenciais do nosso Deus. Nada pode deter o plano divino. Assim como ele usou tudo o que aparentemente ia contra José, em função do que havia planejado, assim também ele pode usar nossas dificuldades a fim de levar-nos um passo além no seu plano. Confie no Senhor.

Pensamento do dia: A despeito do que as pessoas possam fazer-nos, Deus está operando os seus bons propósitos.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 27 de setembro)

sábado, 19 de setembro de 2009

Modos antigos numa nova vida

Leitura bíblica: Gênesis 12:10-20

Versículo-chave: “Chamou, pois, Faraó a Abrão e lhe disse: Que é isso que me fizeste? Por que não me disseste que era ela a tua mulher?” (Gênesis 12:18)

Meditação: É difícil imaginar que o aventureiro Abrão, que estava disposto a correr o risco encontrado na passagem bíblica de Gênesis 12:1-9, pudesse com tanta rapidez esquecer-se que o Senhor havia prometido cuidar dele. Ao sair de Harã deviam seguir-se os desafios constantes para confiar no Senhor durante a realização da sua promessa.

Abrão fracassou na primeira oportunidade de descobrir o poder interveniente de Deus. Ele temeu pelo que pudesse acontecer a Sarai no Egito, e voltou a seus antigos métodos de manipulação e mentira. Com que honestidade a Bíblia apresenta os seus heróis! Abrão mentiu e envolveu Sarai em sua falta de confiança em Deus. O seu medo era que os egípcios, vendo a formosura de Sarai, a tomassem e o matassem. Ele pediu que sua mulher mentisse, dizendo aos egípcios que era irmã dele.

Tudo ocorreu de acordo com o planejado. Sarai foi levada a Faraó e Abrão recebeu tratamento real. Mas o Senhor tinha planos maiores para Sarai que o ser apenas mais uma entre as muitas mulheres de Faraó. Deus enviou uma praga à casa do monarca, e este expulsou os dois hipócritas do Egito. Nossa falta de confiança no poder de Deus de realizar sua obra, sempre traz sofrimento a nós e aos outros.

Por que a Bíblia apresenta uma história tão reveladora como a e Abrão? Como pode o conhecimento da fraqueza dele nos ajudar? Todos podemos nos identificar com Abrão na sua falsa dependência da cumplicidade humana. Talvez nossa forma de confiar nos métodos humanos não seja a mesma de Abrão, mas todos nós sentimos certa dificuldade em viver a nova vida em Cristo, e vestígios antigos da velha natureza ainda controlam nossas reações. Depender totalmente do Senhor para cuidar de nós é um risco contínuo. Mas ele é digno de nossa confiança. Ele interferirá, e nossos velhos modos tornar-se-ão desnecessários.

Pensamento do dia: O risco diário requer a dependência diária.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ouse arriscar-se!

Leitura bíblica: Gênesis 12:1-9

Versículo-chave: “Apareceu o Senhor a Abrão, e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um altar ao Senhor, que lhe aparecera.” (Gênesis 12:7)

Meditação: Foi uma promessa espantosa e que requeria riscos audazes. O Senhor surpreendeu Abrão com a promessa de que seria o pai de uma grande nação. Todas as famílias da terra seriam abençoadas por seu intermédio. Porém, o preço que tinha de pagar era alto. Abrão teria de abandonar a sua terra, a segurança, os arredores familiares e a prosperidade. Abrão tornou-se o protótipo daqueles que descobrem que a obediência significa riscos.

O Senhor nos está chamando constantemente. Ele deseja levar-nos ao ponto de ser a nossa única segurança e certeza. Pense em quão duro trabalhamos a fim de eliminar os riscos da vida. Trabalhamos, economizamos, planejamos e investimos em nós mesmos. Então, acomodamos-nos à rotina da mesmice e reclamamos que a vida perdeu a emoção.

Enquanto vivermos, haverá um próximo passo em nossa aventura com o Senhor. Ele constantemente nos chama de onde estamos para novo nível de riscos. Jamais haverá uma época em que o que temos feito ou sido poderá ser nossa segurança. Fomos programados para estar sempre na margem crescente de novas aventuras. Onde está o elemento do risco criativo em sua vida? Que faria se confiasse completamente em Deus?

O elemento crucial em correr riscos pelo Senhor é a sua direção. Nosso desafio é descobrir para onde o Senhor nos leva e partir com sua orientação diária, arriscando-nos com o conhecimento de que ele nos concederá forças para fazer o que ele nos inspira.

Pensamento do dia: A vida sem riscos é como um pássaro sem asas.

(Lloyd John Ogilvie, em “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 13 de setembro)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A palavra certa

Leitura bíblica: Marcos 13:9-13

Versículo-chave: “Quando, pois, vos levarem e vos entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, mas o que vos for concedido naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.” (Marcos 13:11)

Meditação: “Que poderia eu dizer numa situação como esta? Como encontrar as palavras para explicar, oferecer consolo, desafiar e expressar amor numa circunstância dessas? Que devo dizer?”

Já se sentiu assim? Todos nós já percebemos nossa incapacidade para dizer uma palavra de verdade em amor quando mais é necessária. Ao antecipar as crises da vida, admitimos nossa falta de sabedoria, de visão e de discernimento.
Jesus nos deu uma promessa que tem o poder de dissipar os temores.

A preparação para as épocas de provação deve começar muito antes que ela aconteça. Jesus Cristo, que sabe o que enfrentaremos, está operando em nós a sabedoria que produzirá as palavras certas para cada época de perturbação e desafio. Quando o momento chegar, teremos poder para falar com maturidade que ultrapassa nossos anos, com amor que vai além de nossas capacidades e com visão que excede nosso conhecimento.

A realidade é que Jesus falará por nosso intermédio. Ele nos usará para dizer a palavra certa que há convencer, consolar e desafiar. Ficaremos espantados. Tudo o de que ele precisa é nossa disposição de mente e prontidão de língua. Se ousarmos orar, dizendo: “Senhor, que desejas que eu diga?”, Ele responderá, e saberemos o que dizer.

Pensamento do dia: Se confiarmos em Cristo, ele dirigirá o que devemos dizer nas difíceis situações da vida.


(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Betânia, meditação de 8 de setembro)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Aquietai-vos

Leia Salmo 46

“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.” (Salmo 46:10)

Aos 39 anos de idade, descobri que tinha uma grave doença cardíaca. Meus pensamentos e meu espírito se encheram de pavor. Como parte da minha reabilitação, comecei a caminhar todas as manhãs. A natureza grave de minhas condições e a tranqüilidade da manhã me prepararam para ouvir Deus falando comigo.

Deus sabe quando nossas mentes e corações estão cheios de ansiedade devido às doenças, tensões, aos temores ou sofrimentos. Embora Deus esteja sempre perto, às vezes o nosso silêncio pode nos ajudar a reconhecer e experimentar a presença de Deus.

O contínuo chamado de Deus às pessoas e nações para que se aquietem está registrado na Bíblia. Jesus usou a expressão “emudecer”. “E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou e fez-se grande bonança” (Marcos 4:39). Deus às vezes nos chama com palavras brandas e confortantes. Outras vezes, Ele grita para chamar nossa atenção. Mas Deus sempre fala com amor, como os pais que tentam consolar seus filhos. “Aquietai-vos”, diz Deus. “Entrega tuas preocupações a mim e saiba que tu és amado”.

ORAÇÃO: Ó Deus, aquieta nossos corações e mentes para que ouçamos o Teu chamado, sintamos a Tua presença e entreguemos nossas vidas em serviço aos outros. Em nome de Jesus. Amém.

PENSAMENTO PARA O DIA: Aquiete-se e conheça a Deus.

David Wegener (Wisconsin, EUA)

Oremos pelas pessoas que estão procurando por Deus.

(“No Cenáculo”, Ed. Cedro, meditação de 11 de agosto de 2003)