Boas razões para orar

Leitura: Colossenses 1:1-8

Versículo-chave: “Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito.” (Efésios 3:16)

Quais são nossos assuntos de oração?

Ao falar sobre a oração, o ex-presidente americano Jimmy Carter disse que, quando oramos, Deus pode responder de três maneiras:

1) Sim.
2) Não.
3) Você deve estar brincando!

Paulo não fundou a igreja de Colossos. Um discípulo seu, chamado Epafras, era daquela cidade, e provavelmente foi quem o fez. Quando Paulo chegou a Éfeso, Epafras aproveitou para dar uma “esticadinha” até Colossos, a cerca de 160km. Quando retornou, estava radiante: a igreja estava forte e crescendo. Paulo então, motivado pelas notícias, escreveu a carta aos colossenses, cheio de gratidão a Deus. Paulo escreveu que estava orando por eles pelas seguintes razões:

• Porque ouvimos falar da fé que vocês têm em Cristo Jesus.

Este é um bom motivo de gratidão ao Senhor. Aqueles irmãos haviam de fato colocado a fé somente em Jesus. Era uma fé genuína. Haviam conhecido o Deus verdadeiro e confiavam somente em Cristo como Salvador.

• E do amor que têm por todos os santos.

A palavra “santo” significa “separado para Deus”. É uma forma de referir-se aos demais irmãos na fé, os cristãos. Além de crerem em Cristo (sentido vertical), eles haviam aprendido a amar os irmãos (sentido horizontal).

• Por causa da esperança que lhes está reservada nos céus.

Vivemos nesta terra sem perder de vista a perspectiva do céu. Temos esperança real. O cristão não é uma pessoa alienada, mas consciente de que sua vida não se limita ao tempo presente, mas continua na eternidade.

Quando orar, considere o que Deus tem feito. Louve seu nome, seja grato por tudo e não se esqueça de incluir os irmãos na fé, espalhados por todo o mundo. Somos um só povo, ovelhas do mesmo Pastor, o Senhor Jesus.

Pensamento para o dia: Um coração grato é pré-requisito para uma vida de oração.

(“Pão Diário”, vol. 6, Ed. RTM, meditação de 19 de agosto)

Passo a passo

Leia Salmo 119:98-105

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos.” (Salmo 119:105)

Minhas melhores lembranças da infância são os verões passados no chalé da família, próximo ao lago. Nós puxávamos a água com uma bomba do lado de fora da casa e tomávamos banho em uma cabana aquecida por uma lareira. A escuridão da noite era profunda. Após o meu banho noturno, eu carregava uma velha lamparina a querosene para iluminar o caminho até o chalé. Eu a segurava no alto e ela emitia luz suficiente apenas para iluminar os próximos passos. O resto do caminho ficava envolto na escuridão. A lanterna me permitia seguir passo a passo, até alcançar a segurança e o calor de casa.

O salmista compara a Palavra de Deus a uma lâmpada – não um holofote que revela tudo de uma só vez, mas uma lâmpada que dá iluminação suficiente apenas para um passo ou dois. De modo semelhante, Deus nos guia, um passo de cada vez, até que alcancemos nosso destino. Com a Palavra de Deus, nós temos tudo o que precisamos para dar o próximo passo e o seguinte, até que alcancemos o calor e a segurança de casa.

ORAÇÃO: Senhor, ajuda-nos a confiar em Ti a cada passo. Em nome de Jesus. Amém.

PENSAMENTO PARA O DIA: Deus nos guia aonde devemos estar, um passo de cada vez.

Marianne Jones (Ontário, Canadá)

Oremos por alguém cujo caminho pareça escuro.

(“No Cenáculo”, meditação de 19 de junho de 2003)

A voz da natureza divina

“Ouvi a voz do Senhor que dizia: A quem enviarei?”
(Isaías 6:8)

Quando falamos do chamado de Deus, é possível que esqueçamos o aspecto mais importante da questão – a natureza daquele que chama. Existe a voz do mar, a voz das montanhas, a voz dos grandes bancos de gelo; mas essas vozes são ouvidas por poucos. Cada voz é a expressão da natureza daquilo de que ela provém, e só conseguimos captar determinada voz se tivermos a mesma natureza dela. A voz de Deus é a expressão da natureza dele, e não da nossa. Pela providência de Deus, vibram em nós ressonâncias da voz divina que só nós reconhecemos, e ninguém mais. É a voz de Deus que nos é dirigida particularmente, sobre algum assunto nosso, e não adianta consultar a ninguém sobre ele (Gálatas 1:16). Temos que manter esse profundo relacionamento apenas entre nós e Deus.

A voz de Deus não é um eco da minha natureza; meu temperamento e gostos pessoais não entram em questão. Enquanto eu ficar levando em conta meu temperamento e pensando nas minhas aptidões pessoais, nunca ouvirei a voz de Deus. Mas, quando passar a ter um relacionamento com Deus, então me encontrarei nas mesmas condições em que Isaías se encontrava. Ele estava tão afinado com Deus, dada a tremenda crise por que passara, que conseguiu captar a voz de Deus falando à sua alma atônita. A maioria de nós não tem ouvidos para nada, a não ser para nós mesmos. Não conseguimos ouvir nada do que Deus diz. Ser levado a uma sintonia com o chamado de Deus é ser profundamente transformado.

(Oswald Chambers, “Tudo para Ele”, Ed. Betânia, meditação de 16 de janeiro)

A resposta é pedir

“E será que antes que clamem, eu responderei;
estando eles ainda falando, eu os ouvirei.”
(isaías 65:24)

Meditação:

Este é um dos versículos mais emocionantes a respeito do louvor, no Antigo Testamento. Lembra-nos que a oração começa com Deus, penetra nosso coração e nos dá a coragem de pedir o que Deus está mais pronto a conceder do que o estamos a pedir. Deus tem mais coisas preparadas para nós do que estamos dispostos a pedir.

Precisamos gastar tanto tempo buscando o que Deus deseja que peçamos, quando o gastamos orando. Então o nosso pedir estará de acordo com a sua vontade. O desejo de orar é dom de Deus. Decore o versículo de hoje. A finalidade da oração não é conseguir a atenção de Deus, mas focalizar nossa atenção nele e no que ele tem a dizer-nos. Não faça da oração um monólogo telefônico no qual desligamos antes de ouvir o que Deus tem a dizer!

Orar é buscar a Deus de todo o coração. Deus pode usar nossa imaginação para dar-nos um quadro do futuro que ele tem para nós, mas com uma condição: que o busquemos de todo o coração. Muitos nada conseguem porque não confiam na Palavra divina. Somos aquilo que imaginamos. Orar é permitir que Deus forme em nosso espírito um quadro mental do que devemos ser e fazer.

Pensamento do dia:

Ó vida feliz! – o coração se acalma,
Pois ao redor tudo em paz descansa,
Confiando numa vontade mais alta, na esperança
De encher com essa vontade a alma.

Ó vida, quão bendita, quão divina!
Vida suprema, anelando mais altura!
Salvador, meu desejo mais fundo ilumina,
Concedendo-me essa vida de ventura.
(W. T. Matson)

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 08 de janeiro)

Pare de reclamar e comece a confessar

Leitura bíblica:

Salmo 39

1 Eu disse:
“Vou ter cuidado com a minha maneira de viver
e não vou deixar que a minha língua me faça pecar.
Enquanto os maus estiverem em volta de mim, não falarei nada.
2 Fiquei calado, não disse uma palavra
nem mesmo a respeito de coisas boas.
Mas o meu sofrimento piorou ainda mais,
3 e o meu coração ficou muito aflito.
Quanto mais eu pensava, mais agoniado ficava.
Então comecei a perguntar:
4 “Ó SENHOR Deus, quanto tempo ainda vou viver?
Mostra-me como é passageira a minha vida.
Quando é que vou morrer?
5 Como é curta a vida que me deste!
Diante de ti, a duração da minha vida não é nada.
De fato, o ser humano é apenas um sopro.
6 Ele anda por aí como uma sombra.
Não adianta nada ele se esforçar;
Ajunta riquezas, mas não sabe quem vai ficar com elas.
7 E agora, Senhor, o que posso esperar?
A minha esperança está em ti.
8 Livra-me de todos os meus pecados
e não deixes que os tolos zombem de mim.
9 Não falo, não digo nada,
pois foste tu que me fizeste sofrer assim.
10 Senhor, pára de me castigar,
pois estou quase morrendo por causa das tuas chicotadas!
11 Tu nos repreendes e assim nos castigas
por causa dos nossos pecados.
Tu destróis, como a traça, aquilo que mais amamos.
De fato, o ser humano é apenas um sopro!
12 Ó SENHOR Deus, ouve a minha oração!
Escuta o meu pedido.
Não te cales quando choro.
Como todos os meus antepassados,
sou teu hóspede por pouco tempo.
13 Desvia de mim o teu olhar,
para que eu possa ter um pouco de felicidade,
antes que eu vá embora e não exista mais.

MEDITAÇÃO:

Tenho um amigo que gosta de dizer coisas de modo resumido, penetrante. Uma de suas respostas prediletas a pessoas críticas é: “Quando você está reclamando não tem tempo para confessar!” Seu prognóstico de um profundo problema humano é bem direto.

Alguns anos atrás convidei um famoso psiquiatra evangélico para ajudar-nos em um retiro espiritual. Depois de ouvir durante vários dias o que as pessoas tinham que dizer acerca de suas necessidades, ele se convenceu de que elas haviam caído na síndrome de falar a respeito de problemas sem nenhuma intenção de encontrar ou aplicar uma solução. Seu comentário foi tão penetrante quanto o do meu amigo sulista. “Essas pessoas estão apenas reclamando, não estão confessando”.

Essas palavras me trouxeram à memória uma afirmação de um formulário de avaliação de um jovem clérigo, a quem eu estava pensando convidar para trabalhar conosco. “Ele é um jovem brilhante, talentoso, mas gosta de reclamar. Se ele tão-somente confessasse com tanta eloqüência quanto reclama das pessoas e de suas deficiências, ele poderia encontrar o amor com que ajudá-las.”

Reclamar de nossas necessidades ou confessá-las são duas alternativas que se nos oferecem face às coisas que nos perturbam a respeito de nós mesmos e de outras pessoas. A grandeza da vida cristã depende de sabermos distinguir entre as duas coisas. A Bíblia fala com muita honestidade da natureza humana. Ela trata com sensibilidade todos os problemas que enfrentamos. O Salmo 39 ajuda-nos a identificar-nos com o salmista. A progressão dos seus pensamentos dá-nos um plano para lidarmos com a frustração. Ele expressa sua consternação e prossegue para a confissão autêntica. Deus está pronto para ouvir sentimentos honestos se eles nos levarem a confessar a necessidade que temos do seu poder, do seu perdão e de um novo começo.

PENSAMENTO DO DIA:

Quando confessamos nossas faltas, ligamo-nos ao poder de Deus, e nossas reclamações são purificadas. Hoje é o momento propício para pararmos de reclamar e começarmos a confessar!

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 06 de janeiro)

Pão bichado, não!

“Os israelitas comeram maná durante 40 anos, até chegarem a uma terra habitável.” (Êxodo 16:35)

Leitura: Êxodo 16:1-36

Meditação: Durante quarenta anos o povo de Israel foi sustentado no deserto. Quarenta anos: não quarenta meses nem quarenta dias – para a maioria, o resto da vida.

Todas as manhãs, exceto aos sábados, colhia-se um alimento especial que descia do céu como orvalho. Era uma provisão diária de um Deus fiel às suas promessas. Às sextas-feiras deveriam colher duas porções por pessoa para que fossem respeitados os cerimoniais e estatutos relativos à guarda do sábado. Às vezes alguns desobedientes queriam guardá-lo para o dia seguinte e então tinham o incômodo de precisar livrar-se do material apodrecido.

O Senhor tem a cada dia a provisão certa para as nossas vidas. Nosso Deus continua fiel às suas promessas.O maná era o sustento diário, sempre fresco, para a travessia antes de chegar à Terra Prometida. Enquanto não chegamos à presença visível de Deus, também precisamos sair todos os dias a campo e alimentar nosso espírito com a Palavra de Deus – ela é nova a cada dia. Não há necessidade de ultrapassar os limites estabelecidos por Deus em sua Palavra. Não precisamos comer pão bichado. Não podemos e nem devemos viver de experiências passadas. Por melhor que tenha sido o nosso tempo com Deus ontem, por mais fascinante que tenha sido o milagre que Ele operou em nossas vidas no passado, nossa comunhão com ele precisa renovar-se dia a dia. Que esta mensagem e especialmente a Palavra de Deus em que ela se sustenta possam revigorar e alegrar sua vida hoje. Amanhã tem mais.

Pensamento do dia: O banquete espiritual está esperando. Bom apetite!

(“Pão Diário”, vol. 6, RTM Ed., meditação de 28 de abril)