segunda-feira, 6 de abril de 2020

Reflexões pandêmicas - 03


Parece que a pandemia teve o condão de atiçar ainda mais certos indivíduos  aproveitadores que se identificam como líderes "evanjélicos" (com J mesmo já que não têm nada a ver com o evangelho com G que eles não pregam).

Com o isolamento forçado pelas autoridades de saúde pública, estes charlatões perderam completamente as estribeiras ao se verem desprovidos de rebanho, arrecadação e - sobretudo - de como ostentar uma "espiritualidade fingida" para manipular tudo isto a seu favor.

Impedidos de apelar às encenações presenciais emotivas acompanhadas de suas ameaças verbais travestidas de "sabedoria" religiosa, restou-lhes o perigoso discurso vitimizado mediante o qual adoram o poste-ídolo que os (des)governa, vociferam os seus impropérios e apresentam dados mentirosos, tentando trazer o rebanho de volta aos seus templos e à economia em geral, como se o mundinho em que vivem estivesse desconectado das penúrias planetárias.

Revelam-se completamente desconectados da realidade, dissociados da humanidade e - pior - da graça de Deus, pois no seu "evanjelho" só existe espaço para aquilo que eles são capazes de comandar e realizar com as próprias forças, sem nenhum vínculo ou compromisso com o caminho, a verdade e a vida (João 14:6).

Na sua "pregação" não há, portanto, espaço para a provisão de Deus, visto que pelo seu agir e falar - implicitamente - eles negam que o Todo-Poderoso tenha qualquer controle da situação atual.

No desespero, pouco lhes importa que seus atos e palavras delatem ao mundo que eles servem ao pai da mentira (João 8:44).


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