sexta-feira, 22 de abril de 2011

Está consumado!


"Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito."
(João 19:30)

Segundos antes de dar seu último suspiro, Jesus olha para a obra que fez neste mundo e diz suas últimas palavras: "Está consumado". Milênios haviam passado desde a criação do homem, a eleição de um povo especial para Deus e a Lei que Ele lhes havia dado, mas eles foram incapazes de entender o propósito de Deus para a humanidade. Agora, Jesus constata, na plenitude dos tempos, que o plano de Deus para a salvação eterna do ser humano, apesar de toda a dor excruciante que acabara de enfrentar, estava consumado. Pela fé no Seu sangue que lava e redime de todo pecado, todo aquele que nEle crê encontra a salvação e a vida eterna, já podendo desfrutá-la aqui neste mundo.

Muitas vezes somos tentados a nos sacrificarmos além da medida por pessoas, situações e coisas que, na verdade, não requerem tanto de nós. Outras vezes pensamos que se não fizermos tudo, nada será feito, e nos dedicamos em demasia a um perfeccionismo e ativismo inútil, e nos esquecemos de que temos liberdade de chegar ao Senhor, e só nos basta orar. Há também muitos crentes que, sem saber ou querer, se sacrificam tanto que terminam fazendo o papel de "vítimas" da graça de Deus, como se não fosse suficiente o fato de Jesus ter morrido em seu lugar. Quando esses dias chegarem à sua vida, lembre-se de que não há nada que possamos fazer para nos salvar ou agradar a Deus com nossas próprias forças, pois ao dizer "Está consumado" na cruz, Jesus já se sacrificou em nosso lugar, garantindo-nos descanso eterno e livre acesso ao Pai.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Somos atribulados para podermos consolar


"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda a consolação. É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus."
(2ª Coríntios 1:3-4)

O cristão não é obrigado por Deus a passar por tribulações, e é perfeitamente legítimo que peça ao Senhor que seja delas poupado, mas nem por isso deve viver fugindo das aflições pelas quais toda a humanidade passa. Na verdade, Tiago diz que passar não por algumas, mas várias provações é motivo de grande gozo para o cristão, pois "a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes" (Tiago 1:2-4).

Estaria o cristão, então, condenado a ser masoquista? Claro que não! No versículo acima de 2ª Coríntios, Paulo explica aquela que seja talvez a principal razão para enfrentarmos a tribulação com coragem e dignidade: para que não só experimentemos o consolo que vem de Deus aos nossos corações, mas também saibamos consolar todos aqueles que sofrem quando tivermos a oportunidade. Precisamos, portanto, resgatar esta dimensão do serviço cristão que temos negligenciado em nossas vidas. Estamos aqui para servir ao próximo, seja ele irmão na fé ou não. Para isso também somos atribulados, para que sejamos solidários na dor e compartilhemos com o nosso semelhante toda a consolação que recebemos graciosamente de Deus.

Tenho um grande amigo e irmão que teve um filho com paralisia cerebral. Quando o menino ainda era bem novo, conversamos sobre o versículo acima, e como ele mudou e passou a encarar como bênção de Deus o que para outros parecia ser uma fonte permanente de angústia, e agora tanto ele como sua esposa podiam consolar e orientar aqueles que enfrentavam o mesmo dilema de vida. Hoje, quase 20 anos depois, o menino se transformou um rapaz feliz que, já formado na faculdade, trabalha com toda dignidade, vencendo as suas limitações físicas. Sempre foi e continua sendo a alegria de sua família, e é impossível ficar triste ao lado dele. O consolo de Deus trouxe luz àquele lar, e pode trazê-la ao teu também. Amém!

domingo, 17 de abril de 2011

Saudosismo tolo


"Não digas: Por que razão foram os dias passados melhores do que estes; porque não provém da sabedoria esta pergunta."
(Eclesiastes 7:10)

Nossa memória costuma ser uma amiga traiçoeira que doura a pílula do passado para torná-lo mais palatável do que ele foi na verdade. Estudos (e nossa própria experiência) mostram que a memória varre os pontos negativos e potencializa os positivos do que nos aconteceu, embelezando artificialmente lembranças que não foram tão belas assim quando passamos por elas no calor da realidade. Parece que esta é uma tendência natural do ser humano para tornar a vida mais, digamos, "suportável" e poder seguir adiante sem as amarras dolorosas do que efetivamente ocorreu.

O cristão, entretanto, não tem esta licença de admirar nostalgicamente o passado, conforme Salomão nos ensina no versículo acima. Mesmo com todas as dificuldades das condições atuais e as perspectivas eventualmente pessimistas para o futuro, o crente sabe que sua vida está nas mãos de Deus, e que todas as coisas cooperam para o seu bem, mesmo aquelas que momentaneamente não entenda nem perceba desta maneira (Romanos 8:28). Logo, a sua primeira atitude é de gratidão pelo que passou e por ter chegado ao dia de hoje, e também de fé, esperança e segurança para o futuro: "Aquietai-vos e sabei que sou Deus" (Salmo 46:10).

Para o cristão, o passado foi bom, o presente é ótimo, e o futuro será ainda melhor. Sempre!

sábado, 16 de abril de 2011

Não há substitutos para a graça de Deus



"e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo."
(2ª Coríntios 12:9)

Ao longo da minha vida tenho observado a dificuldade que as pessoas enfrentam quando se trata de aceitar o maravilhoso fato de que a graça de Deus é suficiente para nos salvar e conduzir por este mundo. Todo mundo, indistintamente, busca uma forma de encontrar algum tipo de satisfação nos lugares e circunstâncias que nos tocam a todos. Poder, dinheiro, paixões, dominação, submissão, sexo, vícios, prazeres desenfreados, enfim, todo tipo de entrega e rendição a um determinado alívio, ainda que mórbido e paliativo, é utilizado para desviar nossa atenção da simplicidade do evangelho de Jesus Cristo (2ª Coríntios 11:3), de que Ele morreu na cruz do Calvário para nos redimir de nossos pecados e nos salvar.

A graça de Deus não é só, portanto, maravilhosa como também desafiadora. Mesmo sendo simples e facilmente compreensível, no nosso íntimo não conseguimos admitir que pessoas pecadoras como nós possam ser salvas pela fé pura e singela em Jesus Cristo e na sua obra redentora da cruz. Por isso vemos tanta gente - mesmo já convertida - buscando alternativas mirabolantes para suprir a sua carência de Deus, quando uma coisa só basta: crer, confiar e esperar na graça dEle. Mais cedo ou mais tarde veremos, inapelavelmente, que não há subtitutos para a graça de Deus e, se é tão simples viver aqui e agora na dependência total dela, por que buscar água em poços sabidamente secos? Tão-somente creia e aprenda a viver debaixo da graça de Deus. Pode até demorar um pouco para você tomar consciência disso, mas rios de água viva correrão do seu interior (João 7:38).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Vida abundante é isso mesmo: vida!


"O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância."
(João 10:10)

A promessa de vida abundante que Jesus faz a seus discípulos costuma ser confundida com uma espécie de Alice no País das Maravilhas, em que tudo são flores com o céu alternando entre tons rosas e azuis. Tudo tem que estar ótimo e maravilhoso para que o discípulo tenha certeza que está vivendo abundantemente. Ledo engano, entretanto. A vida cristã abundante não é feita de fantasia e alheiamento ao mundo que nos cerca, mas uma vida feliz APESAR DE todas as dores e tristezas que acontecem conosco e à nossa volta, seguros que estamos de que Deus continua no controle de todas as coisas e nEle estamos garantidos e confiados.

Alguém já disse que a alegria é passageira e a felicidade é um estado permanente. O cristão pode experimentar esta realidade ao viver a vida abundante que Deus lhe prometeu. Mesmo através da dor e das tristezas que todos temos que enfrentar, podemos aprender alguma coisa que nos torne mais fortes e sábios. A felicidade é um estado permanente porque não depende das circunstâncias exteriores, mas de nossa atitude em relação à vida, e nesse aspecto o cristão deve entender a vida abundante como uma vida intensa. Devemos, portanto, viver intensamente todas as experiências que Deus permite que atravessem o nosso caminho, dando valor ao que realmente tem valor e rejeitando aquilo que só nos prejudica. E, em tudo, dando graças a Deus pelo dom da vida (1ª Tessalonicenses 5:18).

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Não tenha medo de viver


E, tendo dito isso, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!
(João 11:43)

O cadáver de Lázaro já cheirava mal quando Jesus chegou para ressuscitá-lo. Poderia ter entrado na tumba e lá feito o Seu milagre, mas parou diante dela e chamou Lázaro, ordenando-lhe que viesse para fora, que saísse das trevas da sua morte e experimentasse de novo a luz da vida. Imagine o burburinho e o espanto da multidão que se aglomerava lá fora, e a dúvida que pairava sobre suas cabeças. Muitos de nós, mesmo tendo conhecido Jesus pela fé, agimos da mesma maneira. Preferimos as névoas densas de nossa existência escondida, nossas pequenas e falsas seguranças, nosso cotidiano previsível, do que encarar de peito aberto a luz do dia e os desafios constantes que somos chamados a enfrentar.

Não se esconda! Não tenha medo dos desafios, pois eles existem para todo mundo e não são obstáculos intransponíveis. São, na verdade, trampolins através dos quais aprendemos a vencer e saltar para desafios maiores, e assim podemos experimentar a vida abundante que Jesus prometeu a quem nEle cresse (João 10:10). Apresente-se para a vida, saia para fora de sua caverna e jamais tenha medo de ser feliz.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A única nomeação que interessa



No Brasil vigora ainda a cultura do QI ("Quem Indica"), principalmente nas várias esferas de governo, mas também nas empresas e organizações privadas. Esta prática é mais visível na política, onde há pessoas competentes sendo nomeadas para cargos de direção e assessoria, além de outros nem tão competentes assim, mas que foram indicados por alguém influente. Nem toda nomeação, em si, é errada, mas há muita gente que não deveria sequer ter sido lembrada, mas por conveniências e acordos políticos geralmente inconfessáveis, conseguem a "boquinha" em questão.

Felizmente, o cristão não precisa deste tipo de nomeação, porque ele vive seguro da Palavra do Senhor, "Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu" (Isaías 43:1). Ele confia na Palavra do seu Mestre que disse: "Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem" (João 10:14). A sua vida não depende de conchavos políticos nem de propostas espúrias que lesam os outros e - principalmente - a si mesmo. Ela está depositada nas mãos de Deus e lá pode descansar em paz, sabendo que nada, absolutamente nada, vai lhe faltar, pois a sua nomeação vem do Senhor.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O "improvável" de Deus

Leitura: João 14:25-31

“Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo.”
(João 14:27)

Algumas pessoas se concentram no que a vida tem de pior. Sempre sofrendo e preparadas para novos sofrimentos. São pessimistas. Acham que se as coisas estão ruins, vão piorar.

Por outro lado, existem os otimistas negando a realidade do sofrimento – não existem dificuldades que não possam ser vencidas com pensamento positivo e autoconfiança. A realidade mostra – tanto o pessimista quanto o otimista estão sempre tentando negar as alegrias e tristezas que fazem parte da vida.

Jesus disse aos Seus discípulos: “Neste mundo vocês terão aflições” (João 16:33). Não escondeu a verdade. Enquanto vivermos, enfrentaremos problemas e aflições. Se Jesus não tivesse dito mais nada, poderíamos continuar pessimistas, mas afirmou: “...tenham ânimo! Eu venci o mundo”.

Essa afirmação indica que não precisamos nos render à dor e ao desespero. Jesus venceu o mundo. Morreu na cruz e ressuscitou. Está vivo! Talvez hoje, você tenha dificuldades para acreditar nas pessoas, nas boas coisas da vida, na alegria de uma nova relação com Deus; talvez, já tenha até tentado.

Contudo, não ignore o fato de que um dia o improvável aconteceu: Jesus ressuscitou. A vida venceu a morte. A dor e o choro foram transformados em alegria. A vitória de Jesus é a porta dos impossíveis na vida de quem nele crê. É por isso que nos estimula: “Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo” (João 14:27). Portanto, não fique entre uma alegria falsa ou um otimismo artificialmente mantido. Não se afunde no pessimismo nem se esconda atrás de um falso entusiasmo, permita apenas que o “improvável” de Deus aconteça na sua vida. Não tema!

PENSAMENTO DO DIA: Nem otimista nem pessimista, mas cheio de esperança em Cristo.

(“Pão Diário”, vol. 5, Ed. RTM, meditação de 08 de julho)