domingo, 17 de abril de 2011

Saudosismo tolo


"Não digas: Por que razão foram os dias passados melhores do que estes; porque não provém da sabedoria esta pergunta."
(Eclesiastes 7:10)

Nossa memória costuma ser uma amiga traiçoeira que doura a pílula do passado para torná-lo mais palatável do que ele foi na verdade. Estudos (e nossa própria experiência) mostram que a memória varre os pontos negativos e potencializa os positivos do que nos aconteceu, embelezando artificialmente lembranças que não foram tão belas assim quando passamos por elas no calor da realidade. Parece que esta é uma tendência natural do ser humano para tornar a vida mais, digamos, "suportável" e poder seguir adiante sem as amarras dolorosas do que efetivamente ocorreu.

O cristão, entretanto, não tem esta licença de admirar nostalgicamente o passado, conforme Salomão nos ensina no versículo acima. Mesmo com todas as dificuldades das condições atuais e as perspectivas eventualmente pessimistas para o futuro, o crente sabe que sua vida está nas mãos de Deus, e que todas as coisas cooperam para o seu bem, mesmo aquelas que momentaneamente não entenda nem perceba desta maneira (Romanos 8:28). Logo, a sua primeira atitude é de gratidão pelo que passou e por ter chegado ao dia de hoje, e também de fé, esperança e segurança para o futuro: "Aquietai-vos e sabei que sou Deus" (Salmo 46:10).

Para o cristão, o passado foi bom, o presente é ótimo, e o futuro será ainda melhor. Sempre!

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