sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Desanimar por quê?


A DISCIPLINA DO DESÂNIMO

“Ora, nós esperávamos... mas depois de tudo isto,
é já este o terceiro dia...”
(Lucas 24:21)

Todos os fatos citados pelos discípulos estavam certos; mas as inferências que eles tiraram de tais fatos estavam erradas. Tudo o que espiritualmente cheira a desânimo está errado. Se a depressão e a opressão me visitam, sou o culpado. Deus não tem culpa; nem ele, nem mais ninguém tem. O desânimo tem duas causas possíveis: ou a satisfação ou a insatisfação de uma concupiscência. Concupiscência significa: tenho que obter isto imediatamente. A concupiscência espiritual me leva a exigir uma resposta de Deus, em lugar de buscar o Deus que me dá a resposta. O que eu estava querendo que Deus fizesse? E hoje – momento presente – já é o terceiro dia, e ele não o fez; portanto, creio ser justificável estar desanimado ou abatido e culpando a Deus. Sempre que insistirmos em que Deus responda à oração, estaremos no caminho errado. O verdadeiro sentido da oração é que cheguemos a Deus e, não, que obtenhamos uma resposta. É impossível estar ao mesmo tempo fisicamente bem e desanimado. O desânimo é sinal de doença, e o mesmo acontece espiritualmente. O desânimo espiritual é errado, e somos sempre os culpados por ele.

Buscamos visões do céu, terremotos e trovões do poder de Deus (o fato de estarmos desanimados é prova disso), e nunca nos passa pela cabeça que Deus está o tempo todo presente nas coisas e nas pessoas comuns que nos cercam. Se cumprirmos o primeiro dever que está diante de nós, veremos a Deus. Uma das mais maravilhosas revelações de Deus nos vem quando descobrimos que é nas coisas comuns que a divindade de Jesus Cristo se manifesta.

(Oswald Chambers, “Tudo para Ele”, Ed. Betânia, meditação de 07 de fevereiro)