quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Ano novo, renove sua fé!




“O SENHOR lhe disse:
“Saia e fique no monte, na presença do SENHOR,
pois o SENHOR vai passar”.
(1 Reis 19:11)

Muitas vezes uma repreensão é uma bênção disfarçada. Elias precisava de que o tratassem assim para que se despertasse nele uma compreensão de seu temor infundado. Um indivíduo como ele não tinha direito a estar indeciso e descontente. Se saísse e se pusesse no monte diante de Jeová, em vez de esconder-se numa caverna, encontraria nova inspiração através de uma nova visão do poder de Deus! Quando estamos vivendo nos porões da terra, deixamos de captar as visões inspiradoras de Deus, que são o verdadeiro suporte da vida profética. Devemos sair ao sol e subir ao monte, se quisermos discernir essas provas do poder de Deus que estão sempre disponíveis para a renovação da fé e do valor diante de Deus.

A carriça de crista dourada é um dos menores pássaros que existem. Dizem que pesa somente 6 gramas e, mesmo tendo asas mais frágeis do que qualquer outra espécie, enfrenta furacões e cruza os mares do norte.

Muitas vezes parece que, na natureza, a onipotência opera somente nos organismos mais frágeis; certamente a onipotência da graça se vê em maior grau no santo temeroso mas decidido.

Nas pradarias norte-americanas, as mariposas se dirigem ao oeste nas suas migrações e avançam sem deter-se ainda que haja ventos contrários e um mar para atravessar. As delicadas mariposas me repreendem.

(“Manantiales en el Desierto”, Lettie Cowman, Ed. Vida-Zondervan, meditação de 28 de janeiro)



quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O amor de Deus nunca muda


Leia Jeremias 31:23-25

“Porque eu, o Senhor, não mudo; (...) tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos.” 
(Malaquias 3:6-7)

Todo verão eu viajo para a casa da minha infância, para visitar minha mãe. Ao fazer a curva da estrada que leva até sua casa, penso nos caminhos que a minha vida tomou, muitos deles marcados por circunstâncias difíceis e decisões que mais tarde lamentei. Eu me deleito em viajar pela estrada que me leva para casa, a casa que foi marcada por poucas mudanças ao longo de 50 anos. Voltar é sempre uma fonte de consolo, uma constante recordação do amor que conheci enquanto crescia.

Certa manhã, eu decidi caminhar pela mesma estrada pela qual andei tantas vezes quando criança. Pouca coisa havia mudado. A mesma mata escura, margeando um lado da estrada, e o lago ainda estava escondido bem atrás da barragem.

Ao voltar para casa, pensei no amor imutável de Deus. Pensei nas mudanças e dificuldades que conheci desde os dias maravilhosos e despreocupados da infância. Porém, Deus sempre esteve ali. Como a estrada e a casa onde cresci, Deus é uma fonte permanente e confiável de conforto e amor.

ORAÇÃO: Amado Deus, obrigada por seres uma fonte constante de conforto e amor, principalmente quando a vida é difícil. Em nome de Jesus. Amém.

PENSAMENTO PARA O DIA: Em um mundo mutável, o amor de Deus não muda.

Sue H. Lynch (Georgia, EUA)

Oremos por alguém que esteja enfrentando uma grande mudança.

(“No Cenáculo”, Ed. Cedro, meditação de 15 de agosto de 2003)



quinta-feira, 30 de julho de 2015

Aposentadoria e desapego


Leia 2 Coríntios 5.17-21:

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; 
as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”
2 Coríntios 5.17

Após muitos anos de ensino, eu me aposentei física, mas não mentalmente. Empacotei meus tesouros de ensino, mas ainda queria me agarrar a eles. Acabei doando algumas coisas a cada mês daquele primeiro ano, mas ainda não estava pronta para deixar que meu "novo eu" substituísse o antigo.

No verão seguinte, quando a noiva de meu filho começou a lecionar, eu mal pude esperar para ajudá-la. Dei-lhe um monte de materiais. Então lhe ofereci minha coleção de cartazes, repleta de lembranças dos muitos anos e técnicas especiais que usei para dar minhas melhores aulas. Para meu desapontamento, ela levou todos eles. Ao vê-la se afastando pela rua, caí no choro. No entanto, esse afastamento de parte de minha antiga vida tornou-se uma boa lição sobre o desapego.

Em nossa vida espiritual, nós freqüentemente aceitamos a Cristo de braços abertos, mas então nos agarramos firmemente às armadilhas do nosso antigo eu. Mesmo assim, Cristo gentilmente nos arrebata até que percebemos que Ele deseja nos renovar inteiramente. Com meus cartazes se afastando rua abaixo, uma outra parte desta nova aposentada tornou-se de Cristo para fazer com ela o que Ele desejar.

ORAÇÃO: Ó Deus, nosso Companheiro, ajuda-nos a entregar nossa antiga vida para que possamos estar livres para nos tornar as pessoas que Tu desejas que sejamos. Em nome de Jesus. Amém.

PENSAMENTO PARA O DIA

A que ainda me agarro e preciso largar?

Kathleen McDonald (Nova York, EUA)

Oremos pelos professores e professoras aposentados.

(“No Cenáculo”, Ed. Cedro, meditação de 13 de outubro de 2003)



segunda-feira, 29 de junho de 2015

Cerejas perigosas



Leia Deuteronômio 30:11-20

“Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência.”
(Deuteronômio 30:19)

Subi a escada e enfiei a cabeça no meio da folhagem verde de uma cerejeira. Eu estava cercada de frutas escarlates e brilhantes, cada uma iluminada pelo sol matinal que brilhava no céu. Estava quente para o primeiro dia de junho. Enquanto colocava as cerejas num balde, tentei me distrair do calor desconfortável deixando minha mente vagar. Lembrei-me de que, embora a polpa da cereja seja deliciosa, seu caroço contém cianeto, um veneno mortal. Antes de comermos a polpa da fruta devemos descartar o caroço, ou corremos o risco de nos envenenar.

Foi então que me ocorreu que a vida é assim. Quase toda situação que encaramos tem o potencial tanto para o bem quanto para o mal. Todos os dias devemos escolher entre os dois. Se escolhermos ler a Palavra de Deus e viver de acordo com Seus mandamentos, estaremos escolhendo comer a polpa de uma fruta deliciosa. Mas se, ao contrário, escolhermos agir ou pensar de maneira má, arriscamo-nos a envenenar nossa alma. Foi então que me dei conta de que a dádiva da livre escolha pode nos abençoar ou amaldiçoar, dependendo das escolhas que fazemos.

ORAÇÃO: Ó Senhor, ajuda-nos a usar a sabedoria e o discernimento ao fazermos escolhas, de modo que possamos fazer a Tua vontade. Em nome de Jesus. Amém.

PENSAMENTO PARA O DIA: Minha escolha faz a diferença!

Sandy Miller (Indiana, EUA)

Oremos por alguém que esteja enfrentando uma decisão difícil.

(“No Cenáculo”, Ed. Cedro, meditação de 25 de agosto de 2003)

terça-feira, 28 de abril de 2015

Meu primeiro pai



“A capacidade negativa...
(é ser) capaz de estar no meio de
incertezas, mistérios, dúvidas, e
não teimar em recorrer
à realidade ou à razão.”
(John Keats, poeta inglês, 1785-1821)

Uma coisa estranha acontece quando eu entro, como artista convidada, numa turma de primeiro grau, na qualidade de artista em visita, para ler poesia e estimular as crianças a escreverem. É algo menos relacionado a mim, como indivíduo, do que ao poder da poesia, podendo ser, também, um efeito colateral do simples fato de que conheço muito pouco as crianças. Vou ao seu encontro como um quadro-negro esperando o giz. Descobri que, invariavelmente, não importa se a escola é pobre ou rica, no campo, na periferia ou na cidade, os garotos que o professor classifica como “bons alunos” serão capazes de escrever poemas e contos aceitáveis mas sem nada de extraordinário. Os poemas notáveis vêm do lado torto, isto é, dos maus alunos, aqueles que os professores costumam criticar por não participarem das atividades da turma.

Um dia, quando estava com alunos de quinta série de uma escola num bairro operário na Dakota do Norte, olhei de relance para a folha de um menino e vi as palavras “Meu Primeiro Pai”. Percebi que algo muito pessoal e profundo devia estar acontecendo. Não me lembro mais do que pedira que escrevessem, mas sei que não era nada tão invasivo como “faça um poema sobre alguém da sua família”. Era mais provável que tivesse sido um exercício livre, utilizando metáforas. Apesar da possibilidade de escrever sobre qualquer coisa, este menino escolhera falar sobre seu “primeiro pai”, e, embora sem interferir, conversei várias vezes com ele. Sua reação foi de surpresa e satisfação, quando mostrei que suas comparações eram tão boas que o tinham colocado, de imediato, em profundo contato com a metáfora. Ele escrevera sobre o pai:

“Eu me lembro dele,
como Deus em meu coração, eu me lembro dele no meu coração
como as nuvens lá em cima,
e sorvete de morango e bananas
quando eu era pequeno.
Mas, do que eu me lembro mais
é do seu amor,
grande como o Texas,
quando eu nasci.”

O menino me disse, cheio de orgulho, que nascera no Texas, mas nada falou a seu respeito. Sua professora, igualmente surpresa, foi quem me deu mais detalhes. Ela me contou coisas que não me surpreenderam, em função da minha experiência como artista convidada:

- Ele não é um bom aluno, e embora se esforce, nunca fez nada assim antes.

Em compensação, também me disse que o menino jamais vira o pai; o sujeito sumira da cidade no dia de seu nascimento.

Por incrível que pareça, foi gratificante para mim saber disso. Bastara a presença de um poeta em sala, dando aulas sobre comparações e metáforas (oficialmente, para justificar a minha presença em termos reconhecidos pelo sistema educacional, era isso que eu “ensinava”), para permitir a este menino contar aos adultos em sua vida – sua professora, sua mãe, seu padrasto – algo que eles precisavam saber, que um “primeiro pai” é figura de realce em sua emoção. Como Deus em seu coração, diz ele em seu poema, revelando o íntimo de sua alma.

...

Todavia, são os outros alunos, os maus alunos, os marginalizados, geralmente dotados de uma forma de inteligência que não costuma ser apreciada na escola, os que me escutam com mais atenção. São estes meninos, para os quais o abandono e a frustração são a norma na escola e, de uma maneira geral, na vida – quem sabe, na noite anterior o namorado da mãe, bêbado, não cometeu algum abuso contra ele -, que se sentem na poesia como os patos na água. Às vezes, como aconteceu com aquele aluno da quinta série, eles descobrem que adotar uma voz poética pode dar ensejo a uma revelação. É como se, pela primeira vez na vida, estivessem livres para falar com suas próprias vozes. É sempre um prêmio – para o professor, para a turma e para mim – quando uma criança nos leva ao íntimo da poesia. Aquele garoto falou diretamente à nossa própria solidão e exílio e fez recordar que o nosso mundo cotidiano é mais misterioso do que imaginamos: quem iria imaginar que um menino comum, numa turma comum na Dakota do Norte, carregava consigo, o tempo todo, um amor e uma perda tão grandes quanto o estado do Texas?

...

O menino que escreveu sobre seu pai ausente tinha uma história a contar. Seu coração estava exilado, e a natureza catalisadora da poesia o ajudou a voltar para casa. E o catalisador da fé? Alimentando-se tanto da razão quanto de nossa habilidade para a capacidade negativa, a fé pode ajudar-nos a ver que nossas experiências mais valiosas são sempre aquelas que deixam em nós, como disse o escultor e crítico Edward Robinson, “um lembrete inconsciente... 2 mais 2 são iguais a 5”, experiências que nos obrigam a ter em mente que nosso relacionamento com os outros e com o mundo são mais misteriosos do que aceitamos admitir. No Universo feito por Deus, o mundo real a que chamamos lar, o amor é maior do que o Texas, e maior até do que a morte, e 2 mais 2 podem ser iguais a 0, a 11, ou mesmo a 4.

(Kathleen Norris, em “O Caminho do Claustro”, Ed. Nova Era, págs. 65 a 69 e 73)



quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Não estamos sós



Leia Êxodo 17.3-7

“Ferirás a rocha, e dela sairá água, e o povo beberá.”
(Êxodo 17.6)

No deserto, o povo hebreu reclamou de sede a Moisés. O Senhor mandou que ele fosse até uma rocha em Horebe, ferisse a rocha com sua vara, "e dela sairá água, e o povo beberá". O que eles precisavam, mais do que água, era da certeza de que não estavam sós. Para nós e para eles, diante da adversidade, experimentar a presença de Deus pode matar nossa sede espiritual como um gole de água fresca.

Lembro-me de um momento em que senti a presença de Deus. Eu tinha sido obrigado a deixar a faculdade por causa de um problema de saúde e não sabia se algum dia iria terminar os estudos. Mas chegou o dia em que pude me matricular para o meu último semestre. No caminho para casa, vi um lindo pôr-do-sol e parei meu carro ao lado da estrada para observar. Era final do dia e início da noite. À medida que o brilho avermelhado do sol se desvanecia no céu, a escuridão foi caindo sobre a mata e uma cerração lentamente desceu sobre o vale. Surpreso, me dei conta de que não estava só. Deus estava lá.

Deus estava com os hebreus no deserto. E Ele está com cada um de nós também.

ORAÇÃO: Quando nos encontrarmos no deserto, ó Senhor, que nos voltemos para Ti, sabendo que Tu desejas matar a nossa sede. Em nome de Jesus. Amém.

PENSAMENTO PARA O DIA: Deus nos oferece água quando estamos no deserto.

Edward Gardner (Indiana, EUA)

Oremos pelas pessoas que anseiam concluir ou iniciar os estudos.

(“No Cenáculo”, Ed. Cedro, meditação de 05 de fevereiro de 2004)