sábado, 29 de março de 2014

O poder do silêncio


SALMO 141

1 Clamo a ti, SENHOR; vem depressa!
Escuta a minha voz quando clamo a ti.
2 Seja a minha oração
como incenso diante de ti
e o levantar das minhas mãos,
como a oferta da tarde.
3 Coloca, SENHOR, uma guarda à minha boca;
vigia a porta de meus lábios
4 Não permitas que o meu coração
se volte para o mal,
nem que eu me envolva em práticas perversas
com os malfeitores.
Que eu nunca participe dos seus banquetes!
5 Fira-me o justo com amor leal
e me repreenda,
mas não perfume a minha cabeça
o óleo do ímpio,
pois a minha oração
é contra as práticas dos malfeitores.
6 Quando eles caírem nas mãos da Rocha,
o juiz deles,
ouvirão as minhas palavras com apreço.
7 Como a terra é arada e fendida
assim foram espalhados os seus ossos
à entrada da sepultura.
8 Mas os meus olhos estão fixos em ti,
ó Soberano SENHOR;
em ti me refugio;
não me entregues à morte.
9 Guarda-me das armadilhas
que prepararam contra mim,
das ciladas dos que praticam o mal.
10 Caiam os ímpios em sua própria rede,
enquanto eu escapo ileso.

“Não me permitas dizer uma palavra errada ou vã
Ou irrefletida.
Põe um selo sobre meus lábios
Por hoje nada mais.”


Fique calado! Quando o problema estiver ameaçando, fique calado! Quando a calúnia estiver se levantando, fique calado! Quando ferirem seus sentimentos, fique calado! Pelo menos até que se recupere de sua agitação! As coisas se vêem diferentes com os olhos serenos.

Uma vez, estando perturbado, escrevi uma carta e a enviei, e lamentei ter feito isto. Anos depois, também me senti perturbado e escrevi outra carta longa. A vida me havia impregnado com um pouco de bom senso e guardei a carta no meu bolso até que pude examiná-la sem agitação e sem lágrimas, e me alegrei por ter feito isto: cada vez que a lia, parecia menos necessário enviá-la. Não me parecia que seria prejudicial, mas na minha vacilação aprendi a ser discreto e finalmente, a destruí.

O tempo opera maravilhas! Espere até que possa falar com calma e então talvez já não será necessário que fale. Algumas vezes, o silêncio é a estratégia mais poderosa que se pode conceber. É a força em toda sua magnitude; é como um regimento ao qual ordenaram guardar silêncio no furioso fragor da batalha. Precipitar-se seria muito mais fácil. Não se perde nada aprendendo a ficar calado.

O silêncio é um grande pacificador.

(“Mananciais no Deserto”, Lettie Cowman, Ed. Betânia, meditação de 16 de janeiro)