quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ontem

“O Deus de Israel será a vossa retaguarda.”
(Isaías 52:12)


Proteção contra o passado. “Deus pede conta do que passou”. No fim do ano, olhamos com grande expectativa tudo o que Deus tem para o futuro, mas mesmo assim podemos ficar ansiosos ao lembrar-nos dos dias de ontem. O presente gozo da graça de Deus pode ser reprimido pela recordação dos pecados e falhas de ontem. Mas Deus é o Deus do nosso passado, e permite que lembremos dele a fim de transformá-lo numa lição espiritual para o futuro. Deus nos lembra do passado para que não nos resguardemos na segurança superficial do presente.

Segurança para o amanhã. “Porque o Senhor irá adiante de vós”. Essa é uma revelação da misericórdia de Deus, a de que ele nos protegerá, quando não nos protegemos. Ele vigiará para que certos obstáculos não nos façam recair nas mesmas falhas, como certamente o fariam se ele não fosse a nossa retaguarda. A mão de Deus se estende ao passado possibilitando-nos manter a consciência limpa.

Segurança para hoje. “Porquanto não saireis apressadamente”. À medida que nos aproximamos do novo ano, não o façamos com pressa da alegria impetuosa ou da irreflexão impulsiva, mas com a força paciente da certeza de que o Deus de Israel marchará adiante de nós. Nosso passado apresenta-nos falhas irreparáveis; é verdade que deixamos passar oportunidades para sempre perdidas, mas Deus pode transformar essa ansiedade destrutiva em uma construtiva reflexão para o futuro. Deixe o passado no esquecimento, mas deixe-no nas mãos de Cristo.

Entregue a ele o irreparável passado, e entre com ele no irresistível futuro.

(Oswald Chambers, “Tudo para Ele”, Ed. Betânia, meditação de 31 de dezembro)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

An anchor of the soul

Hebrews 6:9-20

“This hope we have as an anchor of the soul, both sure and steadfast.”
(Hebrews 6:19)


THE LORD IS FAITHFUL. His promises are sure. The promises made through the prophets concerning the Messiah all came true. Now we have the promises of Christ to anchor us. This Hebrew passage assures us that through Christ we have access into the very heart of God and we can never drift off the solid anchor of His care. We are never alone. There is no situation, circumstance, or problem which is too big for our Lord. That’s the tonic we need to fire our blood and give us courage. The Christmas present to be opened every day of the year is written in the Lord’s own hand: “Lo, I will be with you always”. We have great uncertainties, but we have a great Christ for our uncertainties.

After Christmas we can stride into a new year knowing that problems are but the prelude to a fresh intervention by the invading Lord. There will be that decisive moment when He will come. He will give us what we need to do more than cope. He has unlimited resources of people, unexpected surprises, wisdom, and spiritual power to release at just the right moment. The deep conviction of my life is that the Lord is always on time – never early, never late. We can let go of our worried grip on life. If we hang on to yesterday’s troubles, tomorrow’s fears, and today’s anxieties, we will overload and blow the circuits.

But now, because of Christmas, we can identify our deepest needs and surrender them to our Lord. Don’t let Christmas come and go without an experience of release from tension. Our hope is built on our Lord’s faithfulness. He’s there with you now. Trust Him. And then expectantly anticipate that at the right time and in the way that’s most creative to you and all concerned, He will intervene and infuse you with exactly what you need. What an exciting way to live!

The celebration of Christmas is setting an anchor in the faithfulness of the Lord. He came, comes, and is coming!

(“God’s Best for My Life”, Lloyd John Ogilvie, Zondervan, meditation of December 22nd)

Uma âncora da alma

Leitura bíblica:


Hebreus 6:18-19

“E assim nós, que encontramos segurança nele, nos sentimos muito encorajados a nos manter firmes na esperança que nos foi dada. Essa esperança mantém segura e firme a nossa vida, assim como a âncora mantém seguro o barco. Ela passa pela cortina do templo do céu e entra no Lugar Santíssimo celestial.”


Meditação: O Senhor é fiel. Suas promessas são certas. As promessas feitas por intermédio dos profetas com respeito ao Messias se cumpriram todas. Agora temos as promessas de Cristo às quais nos ancorarmos. Hebreus 6:19 assegura que através de Cristo temos acesso ao mesmo coração de Deus e jamais poderemos nos afastar da firme âncora do seu cuidar. Jamais estamos sós. Não existe situação, circunstância ou problema grande demais para o nosso Senhor. É essa a tônica de que precisamos para nos aquecer o sangue e nos dar coragem. O presente de Natal que devemos abrir todos os dias do ano traz os dizeres, escritos com a própria letra do Senhor: “Eis que estou convosco sempre!”. São muitas as incertezas, mas temos um grande Cristo para todas elas.

Depois do Natal podemos entrar num novo ano sabendo que os problemas não passam de prelúdio a uma intervenção nova do Senhor que nos invade a vida. Chegará o momento de decisão em que ele virá e nos dará o de que precisamos para vencer. Ele possui recursos ilimitados de pessoas, surpresas, sabedoria e poder espiritual para liberar justamente no momento certo. A profunda convicção da minha vida é que o Senhor nunca se atrasa – e jamais se adianta. Podemos abandonar nosso apego à preocupação para com a vida. Se continuarmos nos problemas de ontem, nos temores de amanhã e nas ansiedades de hoje, sofreremos sobrecarga e nossos circuitos explodirão.

Agora, porém, por causa do Natal, podemos identificar nossas necessidades mais profundas e entregá-las ao Senhor. Não deixe o Natal passar sem que você experimente liberdade da tensão. Nossa esperança é construída sobre a fidelidade do Senhor. Ele está aí com você neste instante. Confie nele. E, a seguir, espere com antecipação que na hora certa, e do modo mais criativo para você e os seus, ele intervirá e os infundirá com tudo que vocês precisam. Que modo emocionante de viver!

Pensamento do dia: Celebrar o Natal é lançar âncora na fidelidade do Senhor. Ele veio, vem, e virá!

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 22 de dezembro)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Preparados para o Natal

Isaías 40:1-11

1 O SENHOR, nosso Deus, diz: “Consolem, consolem o meu povo.
2 Falem carinhosamente aos moradores de Jerusalém e digam-lhes que já terminou a sua escravidão e que os seus pecados foram perdoados. Eles receberam de mim duas vezes mais castigos do que os pecados que cometeram.”
3 Alguém está gritando: “Preparem no deserto um caminho para o SENHOR, abram ali uma estrada reta para o nosso Deus passar!
4 Todos os vales serão aterrados, e todos os morros e montes serão aplanados; os terrenos cheios de altos e baixos ficarão planos, e as regiões montanhosas virarão planícies.
5 Então o SENHOR mostrará a sua glória, e toda a humanidade a verá. O próprio SENHOR Deus prometeu que vai fazer isso.”
6 Alguém diz: “Anuncie a mensagem!” “O que devo anunciar?” – eu pergunto. “Anuncie que todos os seres humanos são como a erva do campo e toda a força deles é como uma flor do mato.
7 A erva seca, e as flores caem quando o sopro do SENHOR passa por elas. De fato, o povo é como a erva.
8 A erva seca, a flor cai, mas a palavra do nosso Deus dura para sempre.”
9 Você, mensageiro de boas notícias para Jerusalém, suba um alto monte; você, mensageiro de boas notícias para Sião, entregue a sua mensagem em voz alta. Fale sem medo com as cidades de Judá e anuncie bem alto: “O seu Deus está chegando!”
10 O SENHOR Deus vem vindo cheio de força; com o seu braço poderoso, ele conseguiu a vitória. E ele traz consigo o povo que ele salvou.
11 Como um pastor cuida do seu rebanho, assim o SENHOR cuidará do seu povo; ele juntará os carneirinhos, e os carregará no colo, e guiará com carinho as ovelhas que estão amamentando.


Versículo-chave:

3 Alguém está gritando: “Preparem no deserto um caminho para o SENHOR, abram ali uma estrada reta para o nosso Deus passar!

Meditação:

Aconteceu de novo. Eu havia prometido a mim mesmo que não aconteceria novamente, mas aconteceu. Faço as minhas compras de Natal no último minuto da véspera de Natal. As lojas que ficaram abertas para mim e para meus colegas procrastinadores pareciam ter sofrido os estragos de um furacão. Os balconistas tinham a aparência tão devastada quanto a mercadoria que vendiam.

Em certa loja, havia uma fila enorme de gente esperando no caixa. Uma mulher na minha frente comentou atordoadamente: “se eu tão-somente agüentasse até depois dos feriados”. Ouvia-se uma canção de Natal que já devia ter tocado milhares de vezes.

Quando aquela mulher chegou ao caixa, ele fez-lhe uma pergunta impensada e inócua que ouvimos tantas vezes nos dias anteriores ao Natal: “Então, senhora, está preparada para o Natal?” Sua resposta cansada foi: “Tão preparada quanto jamais estarei!” Qual teria sido a resposta do leitor?

Preparado para o Natal. Fazemos essa pergunta e a ela respondemos sem pensar em seu profundo significado. O que significa estar pronto para o Natal? Existe, porém, uma pergunta ainda mais profunda: Você está preparado para viver o Natal durante o ano todo?

Certo homem, que havia terminado suas compras e sua preparação, disse: “Finalmente estou livre para desfrutar o Natal!” Mas ele descobriu que era preciso mais do que enfeitar a árvore para conseguir a liberdade de desfrutar o verdadeiro significado do Natal. Como acha você que Cristo gostaria que celebrássemos o seu nascimento?

Pensamento do dia: Prepararei um caminho para o Senhor planejando meus feriados de modo que esteja livre para desfrutar o verdadeiro espírito do Natal.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 15 de dezembro)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Santidade

“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo;
e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e
irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.”
(1 Tessalonicenses 5:23,24)


“Desde que eu vi que sem a santificação ninguém verá o Senhor, comecei a segui-la, concitando a fazê-lo também, todos com quem me relacionava. Dez anos depois Deus me deu uma visão mais clara, de como obtê-la: pela fé no Filho de Deus. E imediatamente declarei a todos: “Nós somos salvos do pecado e somos feitos santos, pela fé.” Disto testifiquei em particular, em público e por escrito, e Deus o confirmou por milhares de testemunhos. Venho continuando a declará-lo por mais de trinta anos, e Deus continua a confirmar a minha obra.” (John Wesley em 1771)

“Eu conhecia a Jesus, e ele era muito precioso à minha alma; mas havia algo em mim que não se conservava suave, paciente e benigno. Eu fazia o que podia para sufocá-lo, mas lá estava. Busquei a Jesus para fazer alguma coisa por mim, e quando lhe entreguei minha vontade, ele... tirou do meu coração tudo o que não queria ser suave, tudo o que não queria ser paciente, e depois fechou a porta.” (George Fox)

“Neste momento o meu coração não tem um grão sequer de sede de aprovação. Sinto-me a sós com Deus; ele enche o vazio: não tenho um só desejo, vontade ou aspiração, senão nele; ele me pôs livre num lugar espaçoso. Tenho ficado maravilhada e surpresa de que Deus pudesse dominar completamente tudo o que há em mim, pelo amor.” (Lady Huntington)

“De repente senti como se uma mão – não fraca, mas onipotente, não de ira, mas de amor – estivesse sobre a minha fronte. Senti isto, não exteriormente, mas interiormente. Ela parecia pesar sobre todo o meu ser e difundir através de mim uma energia santa, que consumia o pecado. Enquanto descia pelo meu ser, meu coração e mente tiveram consciência desta energia purificadora da alma. Sob sua influência, prostrei-me até o chão e, na alegre surpresa do momento, dei exclamações em voz alta. Ainda a mão de poder continuava a operar, externa e internamente; e por onde se movia parecia deixar a gloriosa influência da imagem do Salvador. Por alguns minutos, o profundo oceano do amor de Deus tragou-me; todas as suas ondas e vagas passaram sobre mim” (Bispo Hamline)

“A santidade – como então escrevi em algumas das minhas meditações sobre o assunto – afigurou-se-me como algo suave, calmo, agradável, encantador, de natureza serena, que trazia uma inexprimível pureza, claridade, paz e arrebatamento à alma. Em outras palavras, algo que tornava a alma como um campo ou jardim de Deus, com todo tipo de preciosas flores e frutos, tudo muito agradável e tranqüilo, gozando de uma doce calma e da suave vivificação dos raios do sol.” (Jonathan Edwards)

(“Mananciais no Deserto”, Lettie Cowman, Ed. Betânia, meditação de 17 de dezembro)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O centro de sua vida

Leitura bíblica: Salmo 27

Versículo central: “Espere no Senhor, seja forte! Coragem! Espere no Senhor!” (Salmo 27:14)


No Salmo 27, Davi procurava avivar sua fé até o ponto em que pudesse dizer sem sombra de dúvida: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei temor”;

Contudo, no Salmo 26, as coisas não parecem tão luminosas, e Davi colocou sua causa diante do Senhor. Quando você enfrenta dúvidas e temores, no que pensa? A esperança e a intervenção divina são realidades em que você crê? Devem ser.

Deus atende aos clamores sinceros do seu povo. Ele deseja que você saiba e creia que vai libertá-lo de todos os problemas. E mesmo se o problema permanecer durante algum tempo, ele tomará providências e cuidará de você.

Sua responsabilidade é simplesmente esta: estar disposto a amar e adorar a Deus. Parece demasiadamente simplista? Tente durante uma semana. Abandone a defesa do seu ponto de vista. Ponha de lado ressentimentos, autojustiça e qualquer orgulho que tenha criado inimizade entre você e os outros. Então concentre a vida e o coração em Jesus Cristo. Isso talvez seja uma das coisas mais difíceis que já fez.

Com o passar do tempo, entretanto, perceberá que pequenas irritações se desvaneceram. A necessidade de reconhecimento desaparece, e há uma paz interior que você nunca sentiu antes. Em vez de preocupar-se nervosamente com o amanhã, você percebe que Deus é o capitão de sua alma. Pode aguardar as bênçãos de Deus do mesmo modo que Davi fez, porque você experimentou o gosto de sua bondade.

Oração: Obrigado, Senhor, pela paz interior que vem de tua presença. Ajuda-me a manter-me concentrado em ti em vez de me preocupar com o futuro.

(Charles Stanley, “Em Sua Presença”, Ed. Betânia, 1995, meditação de 23 de maio)

sábado, 12 de dezembro de 2009

Velhas medidas para uma nova vida

Livro do profeta Zacarias, capítulo 2


1 Tive ainda outra visão. Vi um homem segurando uma fita de medir
2 e perguntei:
- Aonde você vai?
Ele respondeu:
- Vou medir Jerusalém para saber o seu comprimento e a sua largura.
3 Então vi que o anjo que havia falado comigo ia saindo. Nisso, outro anjo veio se encontrar com ele,
4 e o primeiro anjo disse:
- Corra depressa e diga ao rapaz que está com a fita de medir: “Jerusalém terá moradores de novo, e haverá tantas pessoas e tantos animais morando lá, que não será possível construir uma muralha em volta da cidade. 5 Pois o Senhor Deus promete que ele mesmo será como uma muralha de fogo em volta de Jerusalém e que ele morará na cidade e ali mostrará a sua glória.
6-7 O SENHOR Deus diz ao seu povo:
- Atenção” Atenção” Vocês que são prisioneiros na Babilônia, fujam. Fujam daquele país do Norte! Eu os espalhei por toda parte, mas agora é hora de vocês voltarem para Jerusalém.
8 Pelo seu poder, o SENHOR Todo-Poderoso me mandou entregar a seguinte mensagem às nações que tinham levado embora toda a riqueza do seu povo:
- Quem toca no meu povo toca na menina dos meus olhos. 9 Portanto, eu mesmo lutarei contra vocês. E toda a sua riqueza será levada embora por aqueles que antes eram seus prisioneiros.
Quando isso acontecer, o povo saberá que o SENHOR Todo-Poderoso me enviou.
10 O SENHOR Deus diz:
- Moradores de Jerusalém, cantem de alegria, pois eu virei morar com vocês!
11 Naquele dia, muitos povos se juntarão a Deus, o SENHOR, e serão o seu povo, e ele morará com eles. Aí o povo de Israel saberá que o SENHOR Todo-Poderoso me enviou para falar com eles. 12 Mais uma vez a terra de Judá será a parte especial de Deus na Terra Santa, e Jerusalém será de novo a sua cidade escolhida.
13 Que todos se calem na presença de Deus, o SENHOR, pois ele vem do seu lugar santo para morar com o seu povo.


Versículos-Chave:

2 e perguntei:
- Aonde você vai?
Ele respondeu:
- Vou medir Jerusalém para saber o seu comprimento e a sua largura.
3 Então vi que o anjo que havia falado comigo ia saindo. Nisso, outro anjo veio se encontrar com ele,
4 e o primeiro anjo disse:
- Corra depressa e diga ao rapaz que está com a fita de medir: Jerusalém terá moradores de novo, e haverá tantas pessoas e tantos animais morando lá, que não será possível construir uma muralha em volta da cidade. 5 Pois o Senhor Deus promete que ele mesmo será como uma muralha de fogo em volta de Jerusalém e que ele morará na cidade e ali mostrará a sua glória.

Meditação:

Um quadro alarmante dominou a visão de Zacarias. Ele viu um jovem que media Jerusalém para que ela fosse reconstruída de acordo com as medidas que ela possuía antes de ser destruída em 586 a.C. Duas coisas estavam erradas com esse procedimento: as antigas medidas eram pequenas demais, e muro algum jamais poderia servir-lhe de defesa. Somente o Senhor era uma defesa segura e a sua presença, fonte de glória duradoura. O povo devia ter aprendido que a falta de muros era uma defesa segura, e que não havia glória duradoura nos edifícios construídos pelo homem.

Zacarias trazia a reconstrução de Jerusalém no coração. Ele era um profeta entre os exilados que voltavam e desejavam devolver à cidade o seu antigo esplendor. A história repete-se porque a única coisa que aprendemos dela é que nada aprendemos com ela. O povo não havia confiado no Senhor antes. Como resultado, a cidade foi destruída e o povo, exilado. Agora, estavam prestes a cometer o erro de outrora.

É esse também o nosso problema. Quão raramente aprendemos com os erros passados. Falhamos em confiar em Deus, caímos em dificuldades e não aprendemos a lição que o erro tem para nos ensinar. Todos nós possuímos padrões compulsivos e repetitivos que nos levam para os mesmos problemas antigos. O Senhor deseja chegar à razão de sermos assim. Tornar-se uma nova criação em Cristo significa desfazer-se da antiga natureza. Mas fazemos o que fazemos por causa de necessidades interiores não preenchidas. É esse ponto, bem profundo em nosso íntimo, que o Senhor deseja curar.

Pensamento do dia:

O futuro é amigo. O Senhor pode ajudar-me a vencer o passado sem repetir os seus erros.


(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 11 de dezembro)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Through it all

Read Daniel 3:1-30

“If it be so, our God whom we serve is able to deliver us from the furnace of blazing fire; and He will deliver us out of your hand, O King. But even if He does not, let it be known to you, O king, that we are not going to serve your gods or worship the golden image that you have set up.” (Daniel 3:17,18)


FOUR WORDS GIVE US FAITH for the fires of life: “If He does not”. The faith of Shadrach, Meshach, and Abednego was firmly rooted in God’s sovereignty over all creation and His righteous care for His people in Babylonia. But if He did not choose to extricate them from the fire, they would not worship the golden calf of Nebuchadnezzar. The story of what happened to Daniel’s friends is a source of courage and confidence for us today. We are never left alone in our fires. The Lord is with us when we feel the blasts of difficulty and testing. He is ready to join us in the heat of life if we can say, “He can and will help me in this situation, but even if He chooses not to intervene in the way I want, I will not give up, for I am alive forever. Nothing in this life can separate me from His love”.

That kind of surrender of life’s pain and problems fastens the belief that we are never alone. The four words that brought the Fourth Man will release His power today. There is a wonderful breakthrough to power and peace whenever we know with assurance that no fire will have to be endured without the Lord and nothing can destroy our relationship with Him. We can have the joy of the Lord if we have an “in spite of everything” quality of faith. Our hope is not based on getting God to do what we want but in wanting Him regardless of how events work out.

“Through it all, through it all, I’ve learned to trust in God.”
(Andre Crouch)

(Lloyd John Ogilvie, in “God’s Best For My Life”, Harvest House, meditation of December 8th)

Através de tudo

Leitura bíblica:

"Foi nessa hora que alguns astrólogos aproveitaram a ocasião para acusar os judeus. Eles disseram ao rei Nabucodonosor:
- Que o rei viva para sempre! O senhor deu a seguinte ordem: "Quando ouvirem o som dos instrumentos musicais, todos se ajoelharão e adorarão a estátua de ouro. Quem desobedecer a essa ordem será jogado numa fornalha acesa." Ora, o senhor pôs como administradores da província da Babilônia alguns judeus.
Esses judeus - Sadraque, Mesaque e Abede-Nego - não respeitam o senhor, não prestam culto ao deus do senhor, nem adoram a estátua de ouro que o senhor mandou fazer. Ao ouvir isso, Nabucodonosor ficou furioso e mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Eles foram levados para o lugar onde o rei estava, e ele lhes disse:
- É verdade que vocês não prestam culto ao meu deus, nem adoram a estátua de ouro que eu mandei fazer? Pois bem! Será que agora vocês estão dispostos a se ajoelhar e adorar a estátua, logo que os instrumentos musicais começarem a tocar? Se não, vocês serão jogados na mesma hora numa fornalha acesa. E quem é o deus que os poderá salvar?
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam assim:
- Ó rei, nós não vamos nos defender. Pois, se o nosso Deus, a quem adoramos, quiser, ele poderá nos salvar da fornalha e nos livrar do seu poder, ó rei. E mesmo que o nosso Deus não nos salve, o senhor pode ficar sabendo que não prestaremos culto ao seu deus, nem adoraremos a estátua de ouro que o senhor mandou fazer.
Ao ouvir isso, Nabucodonosor ficou furioso com os três jovens e, vermelho de raiva, mandou que se esquentasse a fornalha sete vezes mais do que de costume. Depois, mandou que os seus soldados mais fortes amarrassem Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e os jogassem na fornalha. A ordem do rei tinha sido cumprida, e a fornalha estava mais quente do que nunca; por isso, as labaredas mataram os soldados que jogaram os três jovens lá dentro. E, amarrados, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego caíram na fornalha.
De repente, Nabucodonosor se levantou e perguntou, muito espantado, aos seus conselheiros:
- Não foram três os homens que amarramos e jogamos na fornalha?
- Sim, senhor! - responderam eles.
- Como é, então, que estou vendo quatro homens andando soltos na fornalha? - perguntou o rei. - Eles estão passeando lá dentro, sem sofrerem nada. E o quarto homem parece um anjo.
Aí o rei chegou perto da porta da fornalha e gritou:
- Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saiam daí e venham cá!
Os três saíram da fornalha, e todas as autoridades que estavam ali chegaram perto deles e viram que o fogo não havia feito nenhum mal a eles. As labaredas não tinham chamuscado nem um cabelo da sua cabeça, as suas roupas não estavam queimadas, e eles não estavam com cheiro de fumaça. O rei gritou:
- Que o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja louvado! Ele enviou o seu Anjo e salvou os seus servos, que confiam nele. Eles não cumpriram a minha ordem; pelo contrário, escolheram morrer em vez de se ajoelhar e adorar um deus que não era o deles. Por isso, ordeno que qualquer pessoa, seja qual for a sua raça, nação ou língua, que insultar o nome do Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja cortada em pedaços e que a sua casa seja completamente arrasada. Pois não há outro Deus que possa salvar como este.
Então o rei Nabucodonosor colocou os três em cargos ainda mais importantes na província da Babilônia."

(Daniel 3:8-30)


Versículo-chave:

- Ó rei, nós não vamos nos defender. Pois, se o nosso Deus, a quem adoramos, quiser, ele poderá nos salvar da fornalha e nos livrar do seu poder, ó rei. E mesmo que o nosso Deus não nos salve, o senhor pode ficar sabendo que não prestaremos culto ao seu deus, nem adoraremos a estátua de ouro que o senhor mandou fazer.

(Daniel 3:17-18)

Meditação:

Duas palavras apenas, mas que nos dão a fé para passarmos pelas fornalhas da vida: "Se não". A fé que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego tinham firmava-se profundamente na soberania de Deus sobre toda a criação e em seu cuidado para com seu povo na Babilônia. Mas se Deus não decidisse tirá-los da fornalha, ainda assim não adorariam o bezerro de ouro de Nabucodonosor. A história do que aconteceu a Daniel e a seus amigos é uma fonte de ânimo e confiança para nós hoje. Jamais ficamos a sós em nossas fornalhas.

O Senhor está conosco quando as chamas das dificuldades e provações nos envolvem. Ele está pronto a unir-se a nós no calor da vida, se pudermos dizer: "Se Deus pode ajudar-me nesta situação, ele me ajudará. Mas ainda que ele decida não intervir da maneira que eu gostaria, não desistirei, pois estou vivo para sempre. Nada nesta vida pode separar-me do seu amor."

Esse tipo de submissão da dor e dos problemas da vida solidifica a crença de que jamais estamos sozinhos. As palavras que trouxeram o quarto homem, libertarão o seu poder hoje. Há um maravilhoso encontro de poder e paz sempre que sabemos com certeza que fornalha alguma ficará sem o Senhor, e que nada pode destruir nosso relacionamento com ele. Podemos ter o gozo do Senhor se possuirmos uma qualidade de fé que prossegue a despeito de tudo.

Nossa esperança não se baseia no conseguir que Deus faça o que queremos, mas em desejar a ele, a despeito de como os eventos se resolvem.

Pensamento do dia:

"Através de tudo, através de tudo, aprendi a confiar em Deus" (André Crouch).

(“O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Lloyd John Ogilvie, Ed. Vida, meditação de 08 de dezembro)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Vinho novo em odres velhos

Leitura bíblica: Marcos 2:20-22; Gálatas 5:1, 13

Versículo-chave: “Ninguém costura remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo novo tira parte da veste velha, e fica maior a rotura.” (Marcos 2:21)

Meditação: Jesus veio, não para remendar, mas para transformar; não para corrigir, mas para converter. Os que tinham olhos espirituais com os quais ver, podiam ter entendido que naquele dia ele sutilmente sugeriu um caminho novo e vital.

Jesus indicou que ele jamais poderia ser um acréscimo a uma vida já completa, mas a resposta e a base da vida e da direção da pessoa. A idéia era que o vinho novo expandia e estragava o odre velho. Os odres eram feitos de pele de carneiro e se expandiam à medida que o vinho se expandia. Não sendo capazes de conter o vinho novo, os odres velhos rachariam e se abririam.

Nosso Senhor advertiu a seus seguidores que as práticas e os costumes antigos não podiam conter os ensinos proclamados por ele. A segurança dos judeus encontrava-se nos seus costumes e práticas, não em Deus. O povo de Deus sempre teve o problema de gostar demais de ritos e rituais. Quando esses rituais foram ameaçados, reagiram com hostilidade e temor.

A mensagem do vinho novo em odres velhos aplica-se a nós hoje como indivíduos e também às nossas igrejas. Jesus Cristo deve ser a base de nossa vida, não um acréscimo a ela. A maioria de nós deseja tudo o que este mundo e o céu têm para oferecer. Queremos a segurança de nossa educação, posição financeira, talentos, habilidades, amigos e planos futuros. Mas também queremos ter Jesus. O problema é que Jesus não se agrada disso. Conversão significa separação do antigo modo de vida e um novo começo com Cristo.

A mensagem de Cristo e o seu poder que em nós habita é como o vinho novo. Requer um odre novo de dedicação renovada todos os dias. Os antigos hábitos, os antigos costumes se romperão com a pressão da reforma total da nossa vida.

Pensamento do dia: Não se coloca vinho novo em odres velhos.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 06 de dezembro)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Antes de desistir

O VALE DOS OSSOS SECOS
(Livro de Ezequiel, capítulo 37)

Eu senti a presença poderosa do SENHOR, e o seu Espírito me levou e me pôs no meio de um vale onde a terra estava coberta de ossos. Ele me levou para dar uma volta por todos os lugares do vale, e eu pude ver que havia muitos ossos, muitos mesmo, e estavam completamente secos. Então o SENHOR me disse:

- Homem mortal, será que esses ossos podem ter vida de novo?

Eu respondi:

- SENHOR, meu Deus, só tu sabes se podem ou não.
Ele disse:

- Profetize para esses ossos. Diga a esses ossos secos que dêem atenção à mensagem do SENHOR. Diga que eu, o SENHOR Deus, estou lhes dizendo isto: “Eu porei respiração dentro de vocês e os farei viver de novo. Eu lhes darei tendões e músculos e os cobrirei de pele. Porei respiração dentro de vocês e os farei viver de novo. Aí vocês ficarão sabendo que eu sou o SENHOR.”

Então profetizei conforme a ordem que eu havia recebido. Enquanto eu falava, ouvi um barulho. Eram os ossos se ajuntando uns com os outros, cada um no seu próprio lugar. Enquanto eu olhava, os ossos se cobriram de tendões e músculos e depois de pele. Porém não havia respiração nos corpos.
Então o SENHOR me disse:

- Homem mortal, profetize para o vento. Diga que o SENHOR Deus está mandando que ele venha de todas as direções para soprar sobre esses corpos mortos a fim de que vivam de novo.

Então profetizei conforme a ordem que eu havia recebido. A respiração entrou nos corpos, e eles viveram de novo e ficaram de pé. Havia tanta gente, que dava para formar um enorme exército.

O SENHOR me disse:

- Homem mortal, o povo de Israel é como esses ossos. Dizem que estão secos, sem esperança e sem futuro. Por isso, profetize para o meu povo de Israel e diga-lhes que eu, o SENHOR Deus, abrirei as sepulturas deles, e os tirarei para fora, e os levarei de volta para a terra de Israel. Eu vou abrir as sepulturas onde o meu povo está enterrado e vou tirá-los para fora; aí ficarão sabendo que eu sou o SENHOR. Porei a minha respiração neles, e os farei viver novamente, e os deixarei morar na sua própria terra. Aí ficarão sabendo que eu sou o SENHOR. Prometi que faria isso e farei. Eu, o SENHOR, falei.

O SENHOR falou outra vez comigo. Ele disse:

- Homem mortal, pegue uma tabuinha e escreva nela o seguinte: “O Reino de Judá, incluindo as pessoas do Reino de Israel que moram nele.” Depois, pegue outra tabuinha e escreva: “O Reino de Israel, representado pela tribo de Efraim e incluindo todos os outros israelitas que moram nele.” Então segure as duas tabuinhas juntas na sua mão de modo que pareçam uma só. Quando o seu povo perguntar o que isso quer dizer, diga que eu, o SENHOR Deus, pegarei a tabuinha que representa Israel e a colocarei junto com a que representa Judá. Das duas tabuinhas farei uma só e a segurarei na minha mão.

- Segure na mão as tabuinhas em que você escreveu e deixe que o povo as veja. Então diga-lhes que eu, o SENHOR Deus, tirarei os israelitas do meio das nações para onde foram. Eu os ajuntarei e os levarei de volta à sua própria terra. Farei deles uma só nação na sua terra, nas montanhas de Israel. Eles terão um só rei para governá-los e não serão mais divididos em duas nações, nem separados em dois reinos. Não se mancharão mais com ídolos, nem com ações nojentas, nem com pecados de desobediência. Eu os livrarei de todas as suas maneiras de pecar e de me trair. Eu os purificarei, e eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Um rei igual ao meu servo Davi os governará. Todos terão um só governador e obedecerão fielmente às minhas leis. Viverão na terra que dei ao meu servo Jacó, a terra em que os antepassados deles viveram. Viverão ali para sempre, eles, os seus filhos e todos os seus descendentes. Um rei igual ao meu servo Davi os governará para sempre. Farei com eles uma aliança que garantirá que viverão para sempre em segurança. Aumentarei a população e porei o meu Templo na terra deles, e ali ficará para sempre. Viverei com eles e serei o Deus deles, e eles serão o meu povo. Quando eu puser o meu Templo ali, para eu ficar no meio deles, as nações ficarão sabendo que eu, o SENHOR, separei o povo de Israel para ser meu.

Versículo-chave:

- Homem mortal, será que esses ossos podem ter vida de novo?
Eu respondi:
- SENHOR, meu Deus, só tu sabes se podem ou não.


Meditação: Há ocasiões em que somos tentados a desistir – de alguém, de um grupo, de uma situação, de nós mesmos. Dizemos: “Não adianta mais; tentei, fiz o melhor que podia, e nada mudou!” Você já se sentiu assim?

Era esse o espírito do povo de Deus no exílio babilônico. Mas Deus lhes deu um profeta que podia ver o pior e o melhor. Ezequiel revelou o juízo divino que viria sobre o povo pelo que havia sido, mas também comunicou-lhes a esperança para o futuro. Ezequiel significa “Deus fortalece”. Ao ter conhecimento da trágica notícia da queda de Jerusalém (586 a.C), o povo indagou: “Que esperança nos resta agora?”

Ezequiel teve uma visão dos ossos secos do vale de Jezreel, simbólica da visão e esperança ressecadas do povo. O profeta força o povo a perceber que haviam trazido sobre si mesmos suas perturbações ao voltarem-se da glória e santidade de Deus. “Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados”. Ao reconhecer sua verdadeira condição, receberiam a promessa. Os ossos se ajuntariam e viveriam.

A mensagem dessa visão para nós hoje é dupla. Antes de desistirmos, precisamos confessar o que nos levou ao ponto do desânimo. Em vez de perguntar: “Por que isso aconteceu comigo?”, devemos indagar: “Que fiz para que isso acontecesse?” A seguir, estaremos prontos para a pergunta mais importante: “O que o Senhor me está dizendo através deste acontecimento?” Essa interrogação nos leva a submeter a Deus aquilo que tenta fazer-nos desistir. Em resposta, o Senhor nos dá um novo coração. É exatamente isso o que acontece quando Cristo vem habitar em nosso íntimo. Ele nos enche com o seu coração. E ele jamais desiste.

Pensamento do dia: Hoje admitirei que os ossos secos são meus, e pedirei um novo coração. O Senhor não desistiu de mim nem dos outros. Tampouco eu o farei!

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para minha vida”, Ed. Vida, meditação de 03 de dezembro)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A verdadeira humildade

“E a sua graça que me foi concedida, não se tornou vã.”
(1 Coríntios 15:10)

O hábito de falarmos continuamente sobre a nossa incapacidade é um insulto ao Criador. Deplorar a nossa incompetência é caluniar a Deus, insinuando que ele nos negligenciou. Cultive o hábito de examinar, na presença de Deus, as coisas que parecem humildes aos olhos dos homens, e você ficará admirado de ver como elas são importantes. “Oh, não diria que sou santificado; não sou nenhum santo”. Diga isso diante de Deus, e essa declaração toma o seguinte significado: “Não, Senhor, é impossível a ti salvar-me e santificar-me; não tive muitas oportunidades; há tantas imperfeições em meu cérebro e em meu corpo; não, Senhor, isso não é possível”. Diante dos homens, essas palavras podem ter aparência de grande humildade, mas diante de Deus são uma afronta.

E também as coisas que parecem humildes diante de Deus podem parecer o contrário diante dos homens. Dizer: “Graças a Deus, sei que fui salvo e santificado”, é, aos olhos de Deus, o auge da humildade; significa que você se entregou tão completamente a Deus que sabe que ele é verdadeiro. Nunca se preocupe se o que você diz parece ou não humilde perante os homens, mas seja sempre humilde diante de Deus, deixando-o ser tudo em tudo.

Só um relacionamento importa: nosso relacionamento particular com nosso Redentor e Senhor pessoal. Abra mão de tudo o mais, mas mantenha esse relacionamento a todo custo, e Deus cumprirá o seu propósito através de sua vida. Uma única vida pode ser de inestimável valor para os propósitos de Deus, e essa vida pode ser a sua.

(Oswald Chambers, “Tudo para Ele”, Ed. Betânia, meditação de 30 de novembro)

domingo, 29 de novembro de 2009

Auto-estima

Leitura bíblica: Marcos 12:28-34

Versículo-chave: Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes (Marcos 12:30-31)

Meditação: Não é fácil cumprir o segundo grande mandamento de Jesus, de amarmos o nosso próximo como a nós mesmos. Por que é tão difícil amar as pessoas sem exigências, padrões e imagens do que desejamos que elas sejam? O motivo encontra-se no próprio mandamento: devemos amar os outros como a nós mesmos. E aí está a dificuldade. Muitas vezes não amamos a nós mesmos.

Friedrich Nietzsche, embora fosse pagão, chegou bem perto da verdade, ao dizer: "O amor ao próximo é o amor ruim por si mesmo. A pessoa sente pelo próximo o que sente por si mesma e gostaria de transformar esse sentimento em virtude. Eu, porém, percebo o seu "altruísmo". A pessoa não agüenta consigo mesma e não ama a si mesma o suficiente".

Temo que ele esteja com a razão. Temos falado de auto-aceitação e de amor próprio sadio. A marca da maturidade cristã é o crente poder dizer: "Está certo, é isso o que sou; são estes os meus talentos; são estes os meus problemas e os meus dons". Todos nós recebemos dons singulares de Deus, e todos nós temos talentos que podemos usar para a sua glória. Certa garotinha ganhou um vestido novo. Dando voltas pela sala, ela entoou: "Estou contente em ser eu!" Que auto-apreciação simples, pura e sadia. Quantos de nós poderíamos dizer o mesmo? Quantos estão contentes de ser o que são e estar onde estão? Eis uma oração pedindo a auto-estima centrada em Cristo: "Senhor Deus, dê-me a auto-apreciação sadia de poder dizer: "Estou contente em ser eu!" Ajude-me a ver tudo o que o Senhor me tem dado e como me tem abençoado e dirigido através dos anos. E então, com verdadeira liberdade, ajude-me a desfrutar da vida que o Senhor me deu. Amém."

Pensamento do dia: O amor pelos outros flui de uma auto-estima sadia, firmada no amor de Deus.

(Lloyd John Ogilvie, em "O que Deus tem de melhor para minha vida", meditação de 27 de novembro)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A maturidade cristã

Leitura bíblica: Romanos 8:31-39; 1 Coríntios 13:6,7

Versículo-chave: “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13:7)

Meditação: Um sinal autêntico do cristão maduro é a graciosidade livre e flexível. Quando nossas próprias idéias ou direitos nos são tão importantes que não conseguimos ouvir os outros ou ajustar-nos a eles, não estamos vivendo pelo poder do amor de Deus. Contudo, quantos são como um barril de pólvora, prontos a explodir quando as coisas não saem do modo como queriam. Somos inquietos e prontos para receber ofensas.

A pessoa em quem o amor de Jesus Cristo penetrou é lenta para julgar e acusar. Ela espera com cautela e interesse. Sabendo quão falível e vacilante ela própria é, pode compreender a fraqueza e a fragilidade dos outros. Essa pessoa possui uma aceitação amorosa. Os juízos são irrelevantes porque mesmo depois de fazermos nosso juízo, ainda devemos amar e perdoar. Nada há que possamos aprender uns dos outros que nos dê o direito de excluir ou rejeitar. A pessoa a quem condenamos ainda precisa do nosso amor. Não podemos fugir a essa responsabilidade.

O combustível da maquinaria da participação profunda e do cuidado amoroso é nosso discernimento mútuo. Contudo, quão fácil é guardar os fracassos e falhas alheias e usá-los contra as pessoas através de reservas nos relacionamentos! Só quando as pessoas preenchem nossos padrões é que damos de nós mesmos. O amor não age assim. O Espírito do Deus de amor nos capacita a dar de nós mesmos sem julgar nem calcular padrões.

Pensamento do dia: O amor não é melindroso e não tem prazer nas fraquezas dos outros.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 20 de novembro)

domingo, 22 de novembro de 2009

Algum dia o sol não nasceu?

“Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno.” (Oséias 6.3)

Algum dia o sol não nasceu? Algum dia a noite durou mais de 12 horas? Assim é o Senhor. Ele esconde o seu rosto só por um momento; “Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra”.

Pode demorar um pouco, até mais do que gostaríamos, mas virá! O Senhor não tem o hábito de marcar datas... Ele não marca a data de suas muitas voltas particulares nem de sua volta especial, “com poder e grande glória” (Mt 24.30).

Com Ele vêm as chuvas há tanto tempo necessárias e esperadas. Chuvas para desfazer os torrões, a seca, a poeira e a sede. Chuvas para trazer de volta o verde, a sombra, o mato, as árvores, as flores, os frutos, o perfume do eucaliptal, os riachos, as cachoeiras, as aves do céu, a justiça, novos céus e nova terra e o bendito refrigério da alma cansada, exausta e ansiosa. As chuvas que vêm com o Senhor enchem as nossas cisternas vazias (Sl 84.6)!

O Senhor será o meu pastor para sempre, pois é Ele quem me conduz a águas tranquilas!

(Elben M. Lenz César, "Refeições Diárias com os Profetas Menores", Ed. Ultimato, 2004, p. 44)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Plenitude do tempo

“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.” (Gálatas 2:4-5)

Quando menina, eu cantava em dueto com minha irmã: “Eu sou filha do Rei”, e até hoje tenho grata consciência de ser herdeira com Cristo. Contudo, a criança não tem noção acertada de tempo e tem de depender dos adultos para saber se é hora de dormir ou de ir à igreja ou à escola. Da mesma forma, enquanto ela é herdeira de toda uma fortuna, ainda depende de decisões de outros para administrar o que possui (Gálatas 2:1-2). Na verdade, só poderá usufruir do legado do pai no tempo por ele determinado, geralmente com a maioridade.

Vivia assim, na infantilidade, o povo de Deus antes da vinda de Cristo.

Na plenitude dos tempos, na maioridade determinada por Deus Pai, Jesus veio cumprir toda a lei que éramos incapazes de obedecer, remindo por completo o nosso tempo e nos adotando como verdadeiros filhos, dando-nos o Espírito que tem a intimidade de quem o chama de “Paizão Querido”. Abba! (Gálatas 2:4-6)

Agora é tempo de maturidade!

Já que experimentamos essa redenção que nos fez filhos maduros, por que viver novamente como crianças imaturas, guardando tempos e festas, rituais que nos prendem, sendo dirigidos mais por tempos humanos do que pela eternidade do Senhor? Vivamos o tempo com valores da eternidade!

(“Devocionais para todas as Estações”, Ed. Ultimato, meditação de 17 de novembro)

sábado, 14 de novembro de 2009

Samba de uma nota só

“Nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.” (Atos 20:27)

Uma amiga visitou minha igreja algumas vezes. Certa feita, questionada sobre suas primeiras impressões, disparou: “O que mais me chama a atenção é como o discurso em geral é repetitivo, um samba de uma nota só. Parece que vocês ficam repetindo porque têm dificuldade em acreditar”. Depois desse soco no estômago, nada mais me restou a não ser baixar as orelhas em concordância constrangida. De fato, estamos muitas vezes aprisionados ao leite, completamente ignorantes do alimento sólido, alheios a uma série infindável de temas para os quais as igrejas fecham os olhos.

Assim, deixamos de comer o bom alimento e nos empanturramos com o mesmo e velho leite, como se fôssemos crianças: “Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições para isso. De fato, vocês ainda não estão em condições, porque ainda são carnais” (1 Coríntios 3:1-3).

Uma saída é que a igreja, como comunidade, se empenhe em ler, observar, interpretar e aplicar os textos bíblicos, compreendendo coletivamente a Palavra, com a valiosa contribuição daquele irmão caladinho que não tem eloqüência para pregar um sermão. É a maravilhosa interpretação da Palavra de Deus empreendida pelo corpo de Cristo, sem a necessidade de iluminados monopolizando o que nosso Pai quis dizer.

(“Devocionais para todas as Estações”, Ed. Ultimato, meditação de 13 de novembro)

domingo, 8 de novembro de 2009

De quem terei medo?

Leitura bíblica: Salmo 27:1-14

Versículo-chave: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo?” (Salmo 27:1)

Meditação: Neste grande Salmo, Davi reafirma que Deus é a sua defesa segura. Luz nas trevas e libertação na batalha eram a sua esperança. O Senhor lhe mostraria o caminho, iluminaria seus passos e lhe daria clareza mental e coragem emocional. Por que ter medo?

Entre o povo de Deus encontravam-se os malfeitores e também os filisteus. Davi estava sendo pressionado de dentro e de fora. Contudo, ele tinha confiança. Ele pedia uma coisa somente: comunhão com Deus, conhecimento dele e crescimento em seu amor.

É essa a esperança de Davi, porque Deus havia prometido proteção no dia difícil; ele o livraria do perigo e o colocaria acima do poder dos seus inimigos.

À base desta revisão da bondade de Deus, Davi se enche de esperança e alegria. As coisas parecem mais claras no contexto do propósito maior de Deus. O único temor de Davi é que Deus pudesse retirar-lhe a bênção. Tudo o mais poderia abandoná-lo, menos Deus.

Davi queria conhecer, acima de tudo, a vontade de Deus. Senhor, que desejas que eu faça? As testemunhas falsas não ajudam; somente Deus pode guiar o coração humano. O salmo termina em exultação e louvor da fidelidade de Deus.

Observe como este salmo nos ensina a orar. Primeiro, ensina-nos a começar com uma recordação simples do que sabemos de Deus e da sua natureza. Segundo, mostra-nos que devemos esvaziar os problemas do nosso coração e mente. Terceiro, devemos novamente afirmar que a única coisa que desejamos acima de tudo é fazer a vontade de Deus e pedir que ele nos ensine os seus caminhos. Quarto, devemos deixar o problema ou a oportunidade com ele, reconhecendo sua bondade na vida dos homens. Finalmente, devemos esperar com paciência e confiança para ver a direção em que ele nos levará.

Pensamento do dia: Espere pelo Senhor, tenha bom ânimo, e fortifique-se o seu coração; espere, pois, pelo Senhor. (Salmo 27:14)


(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 06 de novembro)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ciúmes

Leitura bíblica: Salmo 103:1-5; Cantares 8:6-7

Versículo-chave:

“Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de foto, são veementes labaredas.” (Cantares 8:6)

Meditação: Ciúme é a atitude que diz: “O que é meu é meu, e o que é seu também devia ser meu”. Ciúme é o resultado de um estado de graça instável. Atinge-nos quando nos encontramos fora do fluxo da graça do Senhor, quando não temos prazer em nossa singularidade e falhamos em expressar gratidão pelo que temos recebido. Comparar a nós mesmos com os outros tira os nossos olhos do Senhor.

A passagem bíblica de hoje, extraída de Cantares, dá-nos discernimento da causa e da maldição do ciúme. Cantares é um poema de amor escrito por Salomão à sua amada. Depois de exaltar a glória do amor, Salomão retrata o horror do ciúme. É semelhante ao inferno, nessa passagem chamado de sepultura. Por todo o Antigo Testamento, inferno era o lugar dos mortos, uma região de sombras, miséria e futilidade; aí os incrédulos viveriam para sempre em miséria e futilidade. Ciúme é o inferno em vida.

Acima de tudo, ciúme é o louvor mal dirigido. É esse o significado de “são veementes labaredas”. As labaredas de Deus em nosso íntimo são mal gastas e mal usadas na adoração de outra pessoa ou de seus dons e posses. A capacidade de louvor é mal dirigida e usada para querer ser ou ter o que os outros têm ou são. O antídoto para o ciúme é pensar no Senhor e na sua bondade, e a seguir em nós mesmos como abençoados e amados por ele. Quanto mais o louvarmos por nossa singularidade, tanto mais poderemos confirmar a peculiaridade dos outros sem desejar roubá-la para nós mesmos.

Pensamento do dia: O Senhor diz a cada um de nós: “Eu o criei para ser original e não a cópia de outra pessoa. Deleite-se em mim e na pessoa especial que desejo que você seja, e então o ciúme já não o perturbará!”.


(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 03 de novembro)

sábado, 31 de outubro de 2009

Uma pessoa segundo o coração de Deus

Leitura bíblica: Atos 13:16-24; Salmo 89:20

Versículo-chave: “E, tendo tirado a este, levantou-lhes o rei Davi, do qual também, dando testemunho, disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade.” (Atos 13:22)

Meditação: Davi era um homem segundo o coração de Deus. Ficamos a imaginar o que significa essa descrição. Como se poderia chamar um adúltero e assassino, que praticou grande crueldade, de homem segundo o coração de Deus? A Bíblia, sem rodeios, apresenta os pecados de Davi. Mas foi tirando-o desses fracassos que Deus o usou para seus propósitos em Israel. Davi superou suas falhas com êxito porque aprendeu a bondade graciosa de Deus e foi um dos mais agradecidos homens da história.

Davi foi um homem segundo o coração de Deus porque tinha abundância de ação de graças. Os salmos contêm mistura tal de confissão e gratidão que ele foi considerado, até pelo próprio Deus, como um homem segundo o seu coração. Somente o sentido de indignidade pode brotar em profunda ação de graças. A vida de Davi nos desafia, mostrando que o importante não é nossa perfeição, mas nossa dependência agradecida. Podemos identificar-nos com a humanidade falível de Davi e ver o que Deus pode fazer com uma pessoa que confessa seus pecados e agradece a Deus o seu perdão.

Davi, antes de se tornar um homem completamente segundo o coração de Deus, havia sido contra o coração de Deus. A Bíblia pinta a história negra de suas transgressões e pecados. Deus esperou pacientemente que ele se arrependesse. Depois do adultério de Davi com Bate-Seba e do cruel envio do marido desta para morrer na batalha, Deus enviou o profeta Natã para julgar o pecado do rei. O profeta contou uma parábola profunda e penetrante e, a seguir, lançou o desafio: “Tu és o homem”. Davi sabia. Seu arrependimento encontra-se no Salmo 51. E Deus aceitou a sua palavra. A infinita misericórdia de Deus levantou-o e usou-o nos propósitos que ainda tinha para Israel.

Pensamento do dia: Somos chamados para ser pessoas segundo o coração de Deus.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 31 de outubro)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Dispostos a receber maravilhas

Leitura bíblica: Josué 3:1-7

Versículo-chave: “Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós.” (Josué 3:5)

Meditação: Existe um relacionamento inseparável entra a consagração de hoje e as maravilhas de amanhã. O povo de Israel estava nas margens do rio Jordão, prestes a entrar em Canaã, a terra prometida. O Senhor estava pronto para realizar maravilhas, mas precisava da consagração total do povo a seus planos e propósitos. Consagrar é dedicar tudo o que conhecemos a nosso respeito e todos os nossos recursos ao que conhecemos de Deus e de seu plano e propósito. Não há limites ao que ele pode fazer com um povo que lhe deu o controle da sua vida toda.

Josué elevou-se à posição impressionante de sucessor de Moisés porque o Senhor possuía tudo o que Josué tinha. O Senhor era a sua paixão e o seu propósito. Josué entregara por completo a sua vontade ao Senhor. Ele aprendera muito bem as lições com Moisés. O guia do êxodo lhe havia transmitido o segredo do poder: obediência absoluta.

Que maravilha você anseia que o Senhor lhe faça amanhã? Hoje ele nos concede o desejo de estarmos desejosos. Quando abrirmos mão de nosso tenaz controle do futuro, o Senhor pode intervir e obrar maravilhas além de nossa compreensão.

Nosso único caminho é a entrega. Recebemos o livre-arbítrio a fim de ter a capacidade de escolher amar ao Senhor e permitir que ele nos ame. Nossa vontade, porém, transforma-se numa cidadela, num baluarte do controle próprio imperioso. É possível crer no Senhor e ainda controlar os nossos amanhãs.

Pensamento do dia: Os milagres de amanhã começam na consagração de hoje.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 15 de outubro)

sábado, 17 de outubro de 2009

As coisas tornam-se no que parecem

Leitura bíblica: Números 13:25-33

Versículo-chave: “Então Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos, e possuamos a terra, porque certamente prevaleceremos contra ela.” (Números 13:30)

Meditação: O relatório da maioria foi de medo; o da minoria, de coragem. O relatório da maioria dos homens enviados para espiar a terra de Canaã foi assustador. Note como esses repórteres negativos viam-se como gafanhotos em comparação aos cananeus e, na realidade, tornaram-se isso mesmo à sua própria vista. As coisas realmente transformam-se no que imaginamos. Acima de tudo, temos a tendência de imaginar o pior que possa acontecer e dedicar nossas energias a alcançá-lo. Esse povo apavorado transferiu a própria imagem aos seus inimigos. Haviam-se esquecido de que pertenciam a um Deus poderoso que lhes havia destinado a entrar e possuir a terra. Multiplicaram sua falta de confiança por zero, e o resultado foi pânico.

Ouçamos, agora, a coragem de Calebe. Ele viu os mesmos guerreiros gigantes, mas sabia que o Senhor estava com o seu povo. Louvado seja o Senhor por gente como Calebe! Têm a capacidade de multiplicar os limitados recursos humanos pelo poder ilimitado de Deus, e transformá-lo em visão e esperança.

Enfrentamos desafios na vida e, nessas épocas, em particular, devemos encarar o relatório da maioria ou o da minoria. Há mais pessoas medrosas e negativas do que o suficiente ao nosso redor. Precisamos de um Calebe para nos dar a segurança de que com o Senhor podemos avançar. Agora, a pergunta crucial: você se parece mais com Calebe ou com os homens que se transformaram em gafanhotos à sua própria imagem? Qual seria a resposta da sua família, igreja, e das pessoas com quem você trabalha?

Pensamento do dia: Transformar-me-ei na imagem que tiver de mim mesmo e da vida, e, portanto, imaginarei o que posso ser quando estou cheio com o poder do Senhor.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 14 de outubro)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Face a face

Versículo-chave: “E todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”
(2 Coríntios 3:18)


Meditação: Paulo ressalta a espantosa diferença entre a experiência que Moisés teve da glória de Deus e a que nós temos. Podemos retirar o véu e olhar na face do Senhor através de Jesus Cristo. Deus graciosamente revelou sua presença, sua glória, para que a contemplemos em Cristo. E o resultado é que podemos ser transformados à imagem de Cristo de glória em glória. A vida cristã é uma transformação à semelhança de Cristo.

É disso que todos nós precisamos, não é verdade? Todos nós ansiamos ser mais semelhantes a Cristo no caráter, na atitude, na ação e reação. A personalidade humana pode mudar. Dia a dia, ao fazer a oração de Moisés: “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Êxodo 33:18), podemos conhecer a certeza de Paulo de que “a glória do Senhor, no rosto de Jesus Cristo”, pode ter brilho duradouro em nossos rostos. Não precisamos usar um véu para ocultar um esplendor que diminui.

E o processo da glorificação em Cristo jamais termina. Não somos as pessoas que fomos e não somos ainda as que seremos. O Senhor está operando grande obra em nós. Nosso único dever é dar-lhe controle total, obediência absoluta e atenção completa. Quanto mais nos concentrarmos em Cristo, tanto mais, mediante sua graça, somos remodelados à sua imagem.

Você realmente deseja essa transformação? Diga-o ao Senhor. Ele está mais pronto a responder a essa oração do que nós em fazê-la. Mas quando a fazemos, notaremos diferença nos nossos relacionamentos e na maneira de solucionarmos as pressões de nossas responsabilidades. O amor e o perdão de Cristo, sua paz e poder, esperança e coragem, serão inegáveis.

Pensamento do dia: Estou sendo transformado à imagem de Cristo de glória em glória.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, meditação de 13 de outubro)

domingo, 11 de outubro de 2009

Firme sua fé na expiação

“Oferecei... os vossos membros como instrumentos de justiça”
(Romanos 6:13-22)

Não posso me salvar nem me santificar a mim mesmo; não posso expiar o pecado; não posso redimir o mundo; não posso corrigir o que está errado, nem purificar o que é impuro, nem santificar o que é profano. Tudo isso é obra soberana de Deus. Tenho fé no que Jesus Cristo fez? Ele fez uma expiação perfeita; será que tenho o hábito de reconhecer isso constantemente? Nossa grande necessidade não é fazer, mas sim, crer. A redenção de Cristo não é uma experiência, é a grande obra de Deus realizada por intermédio de Cristo, e eu tenho que edificar minha fé sobre ela. Se eu edificar a fé sobre minha experiência pessoal, o resultado é o tipo de vida mais anti-bíblico possível – uma vida isolada e os olhos fixos na minha própria pureza. Cuidado com uma espiritualidade que não esteja baseada na expiação do Senhor – ela não serve para nada, a não ser para uma vida enclausurada; é inútil para Deus e um estorvo para os outros. Todas as nossas experiências devem ser avaliadas pelo padrão do Senhor Jesus. Não podemos fazer nada que agrade a Deus, a menos que edifiquemos conscientemente sobre o fato da expiação.

A expiação de Jesus tem que ser desenvolvida em minha vida por meios práticos e discretos. Todas as vezes que obedeço, todo o poder de Deus está do meu lado, e assim a graça de Deus e a minha obediência se conjugam. Quando obedeço estou investindo tudo na expiação; e imediatamente a alegria da graça sobrenatural de Deus vem ao encontro da minha obediência.

Tenhamos cuidado com a espiritualidade que nega a vida natural – ela é uma fraude. Coloque-se continuamente ante o tribunal da expiação, e pergunte: “Onde fica o discernimento da expiação nisso e naquilo?”


(Oswald Chambers, “Tudo para Ele”, Ed. Betânia, meditação de 09 de outubro)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Os braços eternos

“E Moisés subiu o monte para se encontrar com Deus. E do monte o SENHOR Deus o chamou e lhe disse:
- Diga aos descendentes de Jacó, os israelitas, o seguinte: Vocês viram com os seus próprios olhos o que eu, o SENHOR, fiz com os egípcios e como trouxe vocês para perto de mim como se fosse sobre as asas de uma águia.”
(Êxodo 19:3-4)


“Como a águia ensina os filhotes a voar e com as asas estendidas os pega quando estão caindo, assim o SENHOR Deus cuida do seu povo. Ele os guiou sozinho, sem a ajuda de outro deus.”
(Deuteronômio 32:11-12)


Meditação: Ficamos a imaginar se o Senhor chamou a atenção de Moisés para o vôo da águia, enquanto ele subia o monte Sinai. A águia, como metáfora da providência divina, jamais deixou a mente de Moisés. Ele a conservou durante toda a sua vida. Deus havia, deveras, levado o povo de Israel sobre asas de águias.

No final da vida, Moisés repassou a maneira pela qual Deus havia cuidado do seu povo. Ele havia sido como a águia que treina seus filhotes para voar. É isso que Moisés tentava dizer ao povo na passagem bíblica que lemos hoje. O Senhor revolveu o ninho no Egito, tornando-o tão desconfortável que o povo teve de seguir em direção dos planos que ele tinha para eles. Quando chega o tempo de os filhotes voarem, a águia fará tudo o que for necessário para tirá-los do ninho. Então, empurra os filhos para fora do ninho a fim de que exercitem as asas ainda imaturas. Mas, quando o filhote está para cair de muito alto, a águia lança-se ao ar, abre as asas e o apanha.

É assim que o Senhor nos trata. Ele não permite que permaneçamos em um ninho muito confortável. Ele nos força a descobrirmos o nosso potencial. Contudo, ele paira por perto, impedindo que caiamos de muito alto. Moisés teve conhecimento desse fato através dos anos de experiência. O Deus eterno é “tua habitação, e por baixo de ti estende os braços eternos” (Deuteronômio 33:27).

Pensamento do dia: Os braços eternos são para aqueles que ousam voar.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 07 de outubro)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Esperança viva

“Ele nos deu uma nova vida pela ressurreição de Jesus.
Por isso o nosso coração está cheio de uma
esperança viva.”
(1 Pedro 1:3)


A nossa esperança em Cristo não é uma esperança que aparece, toma forma e depois morre. É uma esperança viva! Não é uma brincadeira de mau gosto, não é um trote, não é uma ilusão. É uma esperança viva!

Não é resultado de um golpe publicitário, da propaganda de uma empresa famosa, de um exercício mental ou de uma série de fatores emocionais. Não é um tipo de esperança válida ontem, duvidosa hoje e improvável para o amanhã, mas permanentemente viva, independente das flutuações do mundo e de nossas próprias emoções e vontades.

A esperança cristã não decepciona, não nos deixa na mão, não frustra. Ela é bem alicerçada, tem muito para dar, ilumina o caminho, vence crises, empurra para a frente e renova as forças do que está cansado. Ela é viva porque a sua base é Cristo, aquele que precisou morrer para ressurgir de entre os mortos. E uma vez vivo, continua sendo a nossa esperança.

Enchamos nosso coração desta esperança viva!


(“Devocionais para Todas as Estações”, Ed. Ultimato, meditação de 02 de outubro)

sábado, 3 de outubro de 2009

Para ouvir a voz de Deus...

“E depois do terremoto um fogo... e depois do fogo uma voz mansa e delicada.”

(1 Reis 19:12)

Perguntaram certa vez a uma pessoa que progredia rapidamente em seu conhecimento do Senhor, qual o segredo do crescimento espiritual. Ela respondeu concisamente: “Obedecer aos sinais”. E a razão porque tantos de nós não temos mais conhecimento e compreensão do Senhor é que não damos atenção aos seus delicados sinais, seus delicados toques de frear e refrear. Sua voz é mansa e delicada. Uma voz assim é antes sentida do que ouvida. É uma pressão suave e constante sobre o coração e a mente, uma voz mansa, quieta e quase timidamente expressa no coração – mas que se ficarmos atentos, silenciosamente, vai se tornando cada vez mais clara aos ouvidos do entendimento. Sua voz é dirigida ao ouvido que ama, e o amor está sempre atento ao mais leve sussurro. Há um tempo, também, em que o amor cessa de falar, se não o atendemos ou não cremos nele. Deus é amor, e se você quer conhecê-lo e à sua voz, dê constante atenção a seus delicados toques. Em conversa, quando prestes a dizer uma palavra, dê atenção àquela voz mansa, atenda o sinal e refreie-se de falar. Quando prestes a seguir em uma direção que lhe parece clara e correta, se vier quietamente ao seu espírito uma sugestão que traz em si quase a força de uma convicção, preste-lhe ouvidos, mesmo que do ponto de vista humano a mudança de planos pareça uma grande loucura. Aprenda, também, a esperar em Deus para saber o desenrolar da sua vontade. Deixe que Deus forme os planos a respeito de tudo o que está no seu coração e mente e deixe também que os execute. Não possua nenhuma sabedoria própria. Muitas vezes sua maneira de executar o plano parecerá contrária ao plano que ele próprio deu. Poderá parecer que ele está trabalhando contra si mesmo. Simplesmente ouça e obedeça a Deus, e confie nele, mesmo que isso pareça a maior tolice. Ele fará que no fim todas as coisas cooperem para o bem.
Assim, se você quer conhecer sua voz, não pare para pensar o que poderá acontecer. Obedeça, mesmo quando lhe pedir para avançar no escuro. Ele mesmo será sua gloriosa luz. E em seu coração brotará uma afeição e comunhão com Deus poderosa em si mesma para conservá-lo junto a ele, mesmo nas provas mais severas e sob as maiores pressões.”

(“Mananciais no Deserto”, Lettie Cowman, Ed. Betânia, meditação de 03 de outubro)

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O perfume do sofrimento

“... assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas...” (Cantares 4:16)


Algumas das especiarias mencionadas neste capítulo são bastante sugestivas. O aloés era uma especiaria amarga, e fala-nos da doçura das coisas amargas, o doce-amargo, que quem já provou, sabe bem quanto agrada ao paladar. A mirra era usada para embalsamar os mortos, e fala-nos de morrermos para alguma coisa. É a doçura que vem ao coração depois que ele morreu para a vontade própria, o orgulho e o pecado. Oh, o encanto inexprimível que paira em torno de alguns crentes, simplesmente porque trazem no semblante açoitado pela disciplina e no espírito dulcificado, as marcas da cruz; a santa evidência de terem morrido para o que uma vez foi orgulho e força, mas que agora está para sempre aos pés do Senhor. É o encanto celeste de um espírito quebrantado e um coração contrito, a música que brota de uma tonalidade menor.

E, ainda, o incenso, com a fragrância que procedia do toque de fogo. Era aquele pó queimado que se erguia em nuvens de doçura do seio das chamas. Fala-nos do coração cuja doçura tem-se desprendido talvez através das chamas da aflição, até que o lugar santo da alma é cheio das nuvens de oração e louvor. Amado leitor, estamos nós derramando as especiarias, os perfumes, os aromas suaves do coração?

(“Mananciais no Deserto”, Lettie Cowman, Ed. Betânia, meditação de 15 de setembro)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Deus usa tudo!

Leitura bíblica: Gênesis 39:21 – 40:23

Versículo-chave: “O Senhor, porém, era com José, e lhe foi benigno, e lhe deu mercê perante o carcereiro” (Gênesis 39:21)

Meditação: José não negaria sua lealdade a Potifar ou sua fidelidade a Deus. Essa lealdade levou-o à prisão sob a acusação de haver feito o que se recusou a fazer. Mas o Senhor era com José. É essa a frase que pontua a vida espantosa desse homem bem-aventurado.

O tempo na prisão também teve o seu propósito nos planos divinos. As qualidades de liderança de José foram reconhecidas então, e ele foi elevado a uma posição de autoridade. Mas havia outra pessoa na cadeia mediante apontamento divino. O copeiro de Faraó havia caído em desfavor e sido lançado na prisão juntamente com José. O copeiro teve um sonho que José interpretou mediante o poder divino. Ao ser posto em liberdade, o copeiro estava mais do que disposto a contar a Faraó acerca do misterioso hebreu que havia conhecido na cadeia.

O monarca egípcio teve um sonho inquietante acerca de sete vacas gordas e sete magras, sete espigas gordas e sete magras. José foi chamado para interpretar o sonho. O sonho predizia sete anos de prosperidade e sete de fome para o Egito e para o território adjacente. José, com a interpretação, ganhou a posição de regente do Egito, inferior somente a Faraó.

Espantoso! Aos 30 anos de idade, o sonho de José se estava realizando. Quem é que haveria de imaginar que a má ação da mulher de Potifar teria um resultado desses?

Esta porção da história de José lembra-nos que Deus pode tecer seus planos a despeito do mal que as pessoas nos causam. As mágoas que nos são infligidas não estão além das operações providenciais do nosso Deus. Nada pode deter o plano divino. Assim como ele usou tudo o que aparentemente ia contra José, em função do que havia planejado, assim também ele pode usar nossas dificuldades a fim de levar-nos um passo além no seu plano. Confie no Senhor.

Pensamento do dia: A despeito do que as pessoas possam fazer-nos, Deus está operando os seus bons propósitos.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 27 de setembro)

sábado, 19 de setembro de 2009

Modos antigos numa nova vida

Leitura bíblica: Gênesis 12:10-20

Versículo-chave: “Chamou, pois, Faraó a Abrão e lhe disse: Que é isso que me fizeste? Por que não me disseste que era ela a tua mulher?” (Gênesis 12:18)

Meditação: É difícil imaginar que o aventureiro Abrão, que estava disposto a correr o risco encontrado na passagem bíblica de Gênesis 12:1-9, pudesse com tanta rapidez esquecer-se que o Senhor havia prometido cuidar dele. Ao sair de Harã deviam seguir-se os desafios constantes para confiar no Senhor durante a realização da sua promessa.

Abrão fracassou na primeira oportunidade de descobrir o poder interveniente de Deus. Ele temeu pelo que pudesse acontecer a Sarai no Egito, e voltou a seus antigos métodos de manipulação e mentira. Com que honestidade a Bíblia apresenta os seus heróis! Abrão mentiu e envolveu Sarai em sua falta de confiança em Deus. O seu medo era que os egípcios, vendo a formosura de Sarai, a tomassem e o matassem. Ele pediu que sua mulher mentisse, dizendo aos egípcios que era irmã dele.

Tudo ocorreu de acordo com o planejado. Sarai foi levada a Faraó e Abrão recebeu tratamento real. Mas o Senhor tinha planos maiores para Sarai que o ser apenas mais uma entre as muitas mulheres de Faraó. Deus enviou uma praga à casa do monarca, e este expulsou os dois hipócritas do Egito. Nossa falta de confiança no poder de Deus de realizar sua obra, sempre traz sofrimento a nós e aos outros.

Por que a Bíblia apresenta uma história tão reveladora como a e Abrão? Como pode o conhecimento da fraqueza dele nos ajudar? Todos podemos nos identificar com Abrão na sua falsa dependência da cumplicidade humana. Talvez nossa forma de confiar nos métodos humanos não seja a mesma de Abrão, mas todos nós sentimos certa dificuldade em viver a nova vida em Cristo, e vestígios antigos da velha natureza ainda controlam nossas reações. Depender totalmente do Senhor para cuidar de nós é um risco contínuo. Mas ele é digno de nossa confiança. Ele interferirá, e nossos velhos modos tornar-se-ão desnecessários.

Pensamento do dia: O risco diário requer a dependência diária.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ouse arriscar-se!

Leitura bíblica: Gênesis 12:1-9

Versículo-chave: “Apareceu o Senhor a Abrão, e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um altar ao Senhor, que lhe aparecera.” (Gênesis 12:7)

Meditação: Foi uma promessa espantosa e que requeria riscos audazes. O Senhor surpreendeu Abrão com a promessa de que seria o pai de uma grande nação. Todas as famílias da terra seriam abençoadas por seu intermédio. Porém, o preço que tinha de pagar era alto. Abrão teria de abandonar a sua terra, a segurança, os arredores familiares e a prosperidade. Abrão tornou-se o protótipo daqueles que descobrem que a obediência significa riscos.

O Senhor nos está chamando constantemente. Ele deseja levar-nos ao ponto de ser a nossa única segurança e certeza. Pense em quão duro trabalhamos a fim de eliminar os riscos da vida. Trabalhamos, economizamos, planejamos e investimos em nós mesmos. Então, acomodamos-nos à rotina da mesmice e reclamamos que a vida perdeu a emoção.

Enquanto vivermos, haverá um próximo passo em nossa aventura com o Senhor. Ele constantemente nos chama de onde estamos para novo nível de riscos. Jamais haverá uma época em que o que temos feito ou sido poderá ser nossa segurança. Fomos programados para estar sempre na margem crescente de novas aventuras. Onde está o elemento do risco criativo em sua vida? Que faria se confiasse completamente em Deus?

O elemento crucial em correr riscos pelo Senhor é a sua direção. Nosso desafio é descobrir para onde o Senhor nos leva e partir com sua orientação diária, arriscando-nos com o conhecimento de que ele nos concederá forças para fazer o que ele nos inspira.

Pensamento do dia: A vida sem riscos é como um pássaro sem asas.

(Lloyd John Ogilvie, em “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 13 de setembro)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A palavra certa

Leitura bíblica: Marcos 13:9-13

Versículo-chave: “Quando, pois, vos levarem e vos entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, mas o que vos for concedido naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.” (Marcos 13:11)

Meditação: “Que poderia eu dizer numa situação como esta? Como encontrar as palavras para explicar, oferecer consolo, desafiar e expressar amor numa circunstância dessas? Que devo dizer?”

Já se sentiu assim? Todos nós já percebemos nossa incapacidade para dizer uma palavra de verdade em amor quando mais é necessária. Ao antecipar as crises da vida, admitimos nossa falta de sabedoria, de visão e de discernimento.
Jesus nos deu uma promessa que tem o poder de dissipar os temores.

A preparação para as épocas de provação deve começar muito antes que ela aconteça. Jesus Cristo, que sabe o que enfrentaremos, está operando em nós a sabedoria que produzirá as palavras certas para cada época de perturbação e desafio. Quando o momento chegar, teremos poder para falar com maturidade que ultrapassa nossos anos, com amor que vai além de nossas capacidades e com visão que excede nosso conhecimento.

A realidade é que Jesus falará por nosso intermédio. Ele nos usará para dizer a palavra certa que há convencer, consolar e desafiar. Ficaremos espantados. Tudo o de que ele precisa é nossa disposição de mente e prontidão de língua. Se ousarmos orar, dizendo: “Senhor, que desejas que eu diga?”, Ele responderá, e saberemos o que dizer.

Pensamento do dia: Se confiarmos em Cristo, ele dirigirá o que devemos dizer nas difíceis situações da vida.


(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Betânia, meditação de 8 de setembro)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Aquietai-vos

Leia Salmo 46

“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.” (Salmo 46:10)

Aos 39 anos de idade, descobri que tinha uma grave doença cardíaca. Meus pensamentos e meu espírito se encheram de pavor. Como parte da minha reabilitação, comecei a caminhar todas as manhãs. A natureza grave de minhas condições e a tranqüilidade da manhã me prepararam para ouvir Deus falando comigo.

Deus sabe quando nossas mentes e corações estão cheios de ansiedade devido às doenças, tensões, aos temores ou sofrimentos. Embora Deus esteja sempre perto, às vezes o nosso silêncio pode nos ajudar a reconhecer e experimentar a presença de Deus.

O contínuo chamado de Deus às pessoas e nações para que se aquietem está registrado na Bíblia. Jesus usou a expressão “emudecer”. “E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou e fez-se grande bonança” (Marcos 4:39). Deus às vezes nos chama com palavras brandas e confortantes. Outras vezes, Ele grita para chamar nossa atenção. Mas Deus sempre fala com amor, como os pais que tentam consolar seus filhos. “Aquietai-vos”, diz Deus. “Entrega tuas preocupações a mim e saiba que tu és amado”.

ORAÇÃO: Ó Deus, aquieta nossos corações e mentes para que ouçamos o Teu chamado, sintamos a Tua presença e entreguemos nossas vidas em serviço aos outros. Em nome de Jesus. Amém.

PENSAMENTO PARA O DIA: Aquiete-se e conheça a Deus.

David Wegener (Wisconsin, EUA)

Oremos pelas pessoas que estão procurando por Deus.

(“No Cenáculo”, Ed. Cedro, meditação de 11 de agosto de 2003)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Antes de criticar

Leitura bíblica: Tiago 2:8-13

Versículo-chave: “Falai de tal maneira, e de tal maneira procedei, como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade.” (Tiago 2:12)

Meditação: Os julgamentos, com freqüência, libertam-nos da responsabilidade. Categorizamos as pessoas, expomos suas fraquezas, condenamos seus fracassos, ridicularizamos sua incapacidade e prosseguimos em nosso caminho. A crítica só é criativa se a análise e perspicácia forem um prelúdio para uma ação a respeito da pessoa ou da situação. Os julgamentos são imprudentes, exceto se estivermos dispostos a fazer parte da solução de Deus. Se não, nos tornamos parte da multiplicação do problema.

“Está bem, o que você vai fazer a respeito?”. Deve ser a pergunta a nós mesmos e a outros que têm tendência para a crítica. Falar e analisar nada custam; a ação é custosa; o cuidado, exigente. O que você pode fazer e dizer de construtivo acerca da necessidade que abriu?

Essa pergunta nos faz parar para pensar. Como dizer o que temos para dizer de tal maneira que as pessoas sintam o nosso amor e a nossa disposição em ajudá-las? O julgamento debilita e muitas vezes deixa as pessoas imobilizadas para qualquer ação construtiva. Acrescentamos peso ao fardo, em vez de aliviá-lo. Da mesma forma, a maneira de apresentarmos nossa sugestão e o espírito de amor que comunicamos podem levar a pessoa a dizer: “Ora, jamais havia pensado nisso. Muito obrigado!”.

Precisamos conhecer muito mais aquilo em que desejamos que as pessoas se tornem, no contexto total de suas vidas, antes de as criticarmos. Podemos deixar os outros perturbados acerca das coisas que fazem, e pouco ajudar para que melhorem sua personalidade. A maioria de nós faz o que faz por causa do que é. A crítica das ações exige a responsabilidade do ser. Precisamos ser cautelosos para que nossos juízos não tornem as pessoas tão hostis ao ponto de já não podermos partilhar com elas o amor de Deus, a única coisa que, em última análise, as mudará.

Pensamento do dia: Quão responsáveis são os seus julgamentos?

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 24 de agosto)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A fixação em si mesmo

“Vinde a mim...”
(Mateus 11:28)


Deus quer que vivamos uma vida plena em Cristo Jesus, mas há ocasiões em que essa vida é atacada de fora, e caímos num tipo de introspecção que pensávamos não existir mais. A fixação em nós mesmos é o primeiro elemento que transtorna a plenitude da nossa vida em Deus, e que também produz lutas interiores constantes. A fixação em nós mesmos não é pecado; pode ser causada por um temperamento nervoso ou por uma mudança súbita em nossas circunstâncias. A vontade de Deus é que sempre sejamos totalmente completos nele. Qualquer coisa que perturbe nosso descanso nele deve ser tratada imediatamente; e não é ignorando o problema que o solucionamos, e, sim, buscando a Jesus Cristo. Se buscarmos o Senhor pedindo-lhe que produza em nós uma “fixação” nele mesmo, ele nos atenderá até que aprendamos a permanecer nele.

Nunca permita que o problema da desintegração de sua vida em Cristo fique sem solução. Cuidado para não haver vazamento ou desintegração de sua vida espiritual pela influência de amigos ou de circunstâncias; tenha cuidado com tudo que possa destruir a sua união com ele e levá-lo a ver-se a si mesmo separadamente. Nada é tão importante como manter-se espiritualmente são. A grande solução é também a mais simples: “Vinde a mim”. Essas palavras são o teste que avalia a dimensão de nosso valor intelectual, moral e espiritual. Em todos os aspectos em que não somos sinceros, discutimos com o Senhor, em vez de buscá-lo.


(Oswald Chambers, “Tudo para Ele”, Ed. Betânia, meditação de 19 de agosto)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O agrado do Pai

Leitura bíblica: Lucas 12:22-34

Versículo-chave: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino.” (Lucas 12:32)

Meditação: Recentemente, certo homem fez uma pergunta pessoal a um dos meus filhos: “Como é o seu pai, na realidade?”. O homem queria informações íntimas acerca de mim que somente uma pessoa da família poderia fornecer.

Jesus, na passagem bíblica de hoje, nos dá esse tipo de informação acerca de Deus. Somente o Filho podia conhecer e partilhar o coração do Pai. O que ele nos diz tem o poder de mudar nossa vida. Ouça a promessa espantosa do versículo 32.

Devemos primeiro procurar o reino de Deus. Mas Jesus nos diz que o Pai se agradou em dar-nos o que deseja que procuremos. Tanto o desejo de buscar como a recompensa da busca são uma dádiva. Sinta o sabor da palavra “agradou”. O mesmo Pai que disse acerca de Jesus: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”, se agrada em dar-nos vida no seu reino. Como dissemos, o reino é o domínio e a regência de Deus em nosso coração em todos os relacionamentos e responsabilidades. Conhecendo-nos a nós mesmos como conhecemos, colocar a Deus em primeiro lugar em nossa vida não é fácil.

Porém, Jesus assegura-nos de que receberemos o desejo e a capacidade de querer a vontade de Deus e o seu caminho para a nossa vida. Jesus nos dá a impressão de que Deus paira sobre nós, ansiando que desejemos o que ele quer para nós. Ele não está contra nós, esperando que atinjamos o seu padrão. Pelo contrário, ele multiplica a mínima resposta para que nós, como seus filhos, possamos conhecer a plenitude de seu poder e amor. Somos os seus amados.

Portanto, não é preciso que nos preocupemos. O que precisamos nos será dado no tempo e da maneira que é melhor para nós.

Pensamento do dia: Hoje viverei na verdade maravilhosa de que, a despeito de tudo o que eu possa ter feito e dito, o Pai se agradou de mim e deseja dar-me o reino. Portanto, por que me preocupar?

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 14 de agosto)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Estrangulando a alma

Leitura bíblica: Mateus 6:25-34

Versículo-chave: “Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida” (Mateus 6:25)

Meditação: Ansiedade é o pensamento que se tornou tóxico, a imaginação que concede o pior. “Preocupação” vem da raiz da palavra “estrangular”. Perspicácia incisiva. A preocupação realmente abafa e estrangula a capacidade de pensar, esperar e sonhar. Distorce a alegria da vida. Vestimo-nos de alpinistas para galgar cupins. A ansiedade nada muda, exceto aquele que se preocupa. Passa a ser um hábito.

Em essência, ansiedade é um agnosticismo de qualidade inferior. Ao nos preocuparmos, expressamos a dúvida de que Deus não sabe, não se importa ou não é capaz de fazer nada. É uma forma de solidão – encarar as eventualidades sozinhos, mediante nossas parcas energias. A preocupação é uma distorção da capacidade de amar.

Os versículos 31-34 apresentam a descrição que Jesus faz da preocupação e o diagnóstico de como resolvê-la. Enumeram-se três fontes de preocupação: o que comemos, o que bebemos e o que usamos. Para a maioria de nós, essa relação seria quase interminável. O que leva o leitor a preocupar-se? Jesus, nesta passagem, faz algo espantoso. Ele diz que devemos trocar as preocupações secundárias por uma maior; ele mostra um anseio que pode curar a ansiedade.

O nosso interesse maior deve ser colocar a Deus em primeiro lugar em nossas vidas. Então, nossa única ansiedade seria de perder o motivo real por que nascemos: buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça. O leitor já teve a experiência de perceber que o colocar a Deus em primeiro lugar desfaz as preocupações? Por que, depois de entregar a vida a Cristo e aceitar a sua justiça mediante a cruz, tantos ainda se preocupam?

Pensamento do dia: “Ansiedade é o juro cobrado pelos problemas antes deles acontecerem” (William R. Inge)

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 12 de agosto)

Quem dirige a sua vida?

Leitura bíblica: Tiago 4:13-17

Versículo-chave: “Que é a vossa vida?” (Tiago 4:14)

Meditação: Que é a vida? A pergunta de Tiago não nos deixa em paz. Todos nós devemos responder a ela. Tiago acentua a brevidade da vida na terra. Alguns dizem que não levaremos nada desta vida quando morrermos. Não é verdade. Levaremos uma coisa: nós mesmos. A fé em Cristo como nosso Senhor e Salvador é o fator que determina essa realidade. Mas, e se nossas lealdades divididas colocaram alguém ou algo mais como senhor de nossa vida? Como pode a frase “Se o Senhor quiser” ser um bom corretivo para essa situação? Como pode essa afirmação guiar-nos no preparo atual para a vida eterna?

Outro dia, conversei com um homem que estava parado espiritualmente. Ele cria em Cristo, amava sua igreja e era um negociante crente distinto e responsável. Contudo, a âncora dele estava fincada na lama. Conversamos até tarde da noite. O que estava errado com ele? Ele se sentia inquieto e sua fé lhe dava pouca alegria. Estava insatisfeito com o emprego, com a comunidade e com a família. Tudo parecia estar fora de foco.

Quanto mais conversávamos, tanto mais percebíamos que ele possuía somente a metade da verdade. Ele cria em Cristo como seu Salvador, mas não como Senhor da sua vida.

- Quais os valores que o impulsionam e moldam a sua vida? Como é que você escolhe as opções para a sua vida? Que valor dá ao que Cristo tem para dizer acerca de sua vida diária? – perguntei-lhe.

- Muito pouco! – respondeu ele. – Tomo decisões de acordo com o que penso ser melhor para todos. Mas quase nunca peço a direção específica do Senhor. Acho que essa parte é de minha alçada. Deus deu-me um pouco de inteligência a fim de fazer as coisas para ele.

É exatamente dessa atitude que Tiago está falando na passagem bíblica de hoje. Ele nota que a maioria dos seus leitores estão decidindo por si mesmo. A vida é breve e passageira, e durante o curto espaço de tempo que aqui passamos devemos descobrir um relacionamento com Cristo que há de continuar para sempre.

Quando nos abrimos ao seu poder, coisas emocionantes começam a acontecer e somos libertos da tensão de dirigir nossa própria vida.

Pensamento do dia: Permitirei que o Senhor dirija a minha vida hoje.

(Lloyd John Ogilvie, “O que Deus tem de melhor para a minha vida”, Ed. Vida, meditação de 11 de agosto)

sábado, 8 de agosto de 2009

Lugares de aperto

“O meu Deus fiel virá ao meu encontro...” (Salmo 59:10)


Não importa o tamanho da intriga, se Deus a descobre; não importa quão insuperáveis pareçam as dificuldades, se Deus toma a responsabilidade. Se nós, seus filhos, quando nos metemos em caminhos complicados por nossa própria insensatez ou às vezes por erros, só nos voltássemos a Deus como Rei e como Pai e nos lançássemos sobre Ele, Ele tomaria o trabalho em nosso lugar e nos livraria de nossos problemas com toda segurança e de uma maneira digna de um Rei.

Esta manhã, Senhor, te peço
Que nos guardes o dia todo
Sobretudo nas encruzilhadas do caminho.

Porque quando o caminho é reto,
Não tememos nenhuma surpresa,
Pois só vemos adiante a porta aberta do entardecer.

Mas são muito poucos
Os dias em que vemos tudo
O que virá, e até o que já veio.

Porque coisas inesperadas
Descem vertiginosas com asas repentinas
E nos derrubam com seus golpes.

E assim, querido Senhor, te pedimos
Que controles e guardes este dia
A teus filhos nas encruzilhadas do caminho.

O Dr. S. D. Gordon diz em seus escritos: “É bom que estejamos em aperto. Que nos pressionem e nos rodeiem de todos os lados até que estejamos com as costas contra a parede, enfrentando inimigos por todas as partes, com espaço apenas para nos mantermos de pé: isto é bom. Assim, descobrimos que não importa quão difícil seja o caminho, ainda há espaço para que outro o compartilhe conosco. Esta mesma pressão nos conduz a uma proximidade mais íntima com o nosso Deus. E só nesta proximidade íntima descobriremos que amigo maravilhoso Ele é.”

As pequenas salas são famosas por seus concertos de música de câmara. A acústica é maravilhosa. Os salmos de exílio de Davi continuam fazendo ressoar uma melodia excepcionalmente doce por todas as eras, e por todo o mundo, e em milhares de corações.

(“Manantiales en el Desierto”, Lettie Cowman, Ed. Vida-Zondervan, meditação de 05 de agosto)