domingo, 30 de setembro de 2018

Suas boas intenções não representam nada diante de Deus


João 8

Jesus, porém, foi para o monte das Oliveiras.
Ao amanhecer ele apareceu novamente no templo, onde todo o povo se reuniu ao seu redor, e ele se assentou para ensiná-lo.
Os mestres da lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher surpreendida em adultério. Fizeram-na ficar em pé diante de todos e disseram a Jesus: "Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério.
Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz? "
Eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo. Mas Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo.
Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela".
Inclinou-se novamente e continuou escrevendo no chão.
Os que o ouviram foram saindo, um de cada vez, começando com os mais velhos. Jesus ficou só, com a mulher em pé diante dele. Então Jesus pôs-se de pé e perguntou-lhe: "Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou? "
"Ninguém, Senhor", disse ela. Declarou Jesus: "Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado".

(João 8:1-11)

A passagem bíblica acima é bastante conhecida e a ênfase sempre recai sobre o "primeiro a atirar pedra nela", sendo ela a mulher adúltera, que não tem nada a ver com Maria Madalena, caso você perpetue e ainda incorra neste erro interpretativo.


(Maria Madalena era a mulher "de quem haviam saído sete demônios" em Lucas 8:2)



No trecho acima, do Evangelho de João, é muito conhecido também o fato de que os mestres da lei e os fariseus queriam deixar Jesus em maus lençóis diante do povo.



Se Ele dissesse que a Lei mosaica deveria ser cumprida (e a mulher apedrejada), anularia sua pregação sobre a graça de Deus; se a absolvesse sumariamente, sem dizer nada, poderiam acusá-lo de descumprir aquela mesma Lei da qual Moisés havia sido canal do Altíssimo para implementá-la.



A solução dada por Jesus espantou a todos, figurada e literalmente falando, e até hoje é cantada em verso e prosa mesmo fora dos arraiais cristãos.



Seu convite para atirar a primeira pedra ainda ressoa como exemplo de sabedoria prática, expondo à luz do sol e de Deus a hipocrisia das presunções humanas supostamente "piedosas" diante da dura realidade da vida.



Uma outra abordagem, entretanto, é possível: quando se está diante de Deus, todas as nossas desculpas, racionalizações, arroubos éticos e boas intenções se esvaem.



Inexoravelmente.



Quando aqueles homens e mulheres se colocaram diante de Jesus, eles não imaginavam que seriam inteiramente despidos de seus fingimentos e reputações para que restasse diante do Senhor apenas a verdade sobre quem eles eram.



De nada lhes adiantou representar um papel religioso publicamente aceitável e socialmente valorizado.



Ficaram nus.



Os mais velhos, primeiro...


E o som das pedras caindo das suas mãos, uma a uma, ecoa por toda a eternidade.

Ninguém consegue resistir diante da Verdade.




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